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Natal na casa das 4 Marias celebra adoção tardia, diversidades e aprendizados em família

Redação by Redação
dezembro 24, 2025
in BRASIL
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Maria Luísa, 5, foi a primeira filha do casal. Por complicações na hora do parto, teve de ficar por quase 300 dias em uma UTI infantil em um hospital do Rio de Janeiro, onde moram. Depois de passar por uma jornada de procedimentos médicos, foi para casa aprender a viver com uma condição de vida diferente e desafiadora para ela e para os pais, a paralisia cerebral.

JAIRO MARQUES
SÃO PAULO, SP ( JT) – Na casa da influenciadora Renata Darzi da Fonseca, 38, e de seu marido, o advogado Pedro Souza Bruno, Chicão, o cão de três patas da família, é o abre-alas indicando que ali se vive uma celebração intensa de diversidades em vários sentidos. O mais comum entre eles são os nomes das meninas, todas são Maria.

Maria Luísa, 5, foi a primeira filha do casal. Por complicações na hora do parto, teve de ficar por quase 300 dias em uma UTI infantil em um hospital do Rio de Janeiro, onde moram. Depois de passar por uma jornada de procedimentos médicos, foi para casa aprender a viver com uma condição de vida diferente e desafiadora para ela e para os pais, a paralisia cerebral.

“A Malu foi uma escola de tudo para gente. Uma escola de entender que não se escolhe filho, que a gente acolhe filho. Escola de entender sobre união e parceria, sobre valores. Poderíamos não ter nos unido e nos separado, como acontece com muita gente. A Malu foi uma união não só nossa, mas da nossa família. Formou-se um exército. Ela veio e melhorou muita coisa, ensinou muita coisa”, diz a mãe, Renata, que reúne 1 milhão de seguidores no Instagram.

Com a vida de Maria Luísa mais estabilizada e seguindo seu curso de ser uma criança com deficiência, o casal retomou o plano que tinha desde que se uniu, ter uma família com pelo menos dois filhos. A adoção era mais que uma opção para eles, era algo natural.
“Sempre tivemos essa ideia. Tem criança aí, por que a gente vai botar mais no mundo? E eu queria muito continuar sendo pai”, declara Pedro.

Renata, vai em caminho semelhante de pensamento. “Se já existem crianças que precisam de uma família e existem pais que querem ter uma família, por que isso é visto de uma forma ruim? Não faz sentido para mim.”

Começaram pensando em mais duas meninas, mas veio de Alagoas a notícia de que três irmãs, nenhuma delas bebê e duas já no final da primeira infância, aguardavam por uma casa, sem boas perspectivas de conseguir.

Em setembro de 2024, o lar das quatro Marias estava formado com a chegada de Maria Valentina, 4, Maria Cecília, 6 e Maria Fernanda, 8. Além dos desafios naturais de convívio, adaptação, rotinas e personalidade que a situação impõe, as crianças apresentaram ao trio, também, novas questões relativas à diversidade e aos afetos.

Em um ciclo social predominantemente branco, o casal foi proativo para criar um ambiente acolhedor para as meninas, com peles mais escuras. Procuraram um colégio aberto a discussões de diversidade, falam sobre racismo, incentivam leituras e conhecimento sobre cultura negra.

“A gente estuda para lidar melhor com isso. Tenta tratar com naturalidade. Mostra que ninguém é igual aqui. A minha cor é diferente da cor da Renata, que é diferente da Cecília, que é diferente da Valentina”, declara o pai.

Já Renata avalia que é necessário tomar ações para o fortalecimento da filha, movimentar em busca de exemplos de representatividade e valorização do negro que cheguem às meninas.

A observação atenta das filhas levou a mãe a descobrir mais um fator de pluralidade humana na família. Antes de as irmãs virem do abrigo em que moravam em Alagoas para o Rio, os pais fizeram algumas videochamadas, já tentando interagir as meninas com Malu.

“Quando coloquei a Malu na chamada, notei que a Maria Fernanda fez um movimento diferente com os olhos. Cheguei a pensar que ela estaria rejeitando a irmã e fiquei desesperada, achando que nada daria certo. Mas isso não aconteceu pessoalmente, muito pelo contrário, ela foi extremamente carinhosa.”, afirma Renata.

Com um pouco mais de convivência, os pais notaram que os movimentos diferentes com os olhos eram tentativa de enxergar. A garotinha possuía um grau elevado de dificuldade de visão. “Foi um enorme aprendizado para a gente. O de dar às nossas crianças o tempo necessário, a chance de elas mostrarem quem são, sem julgamentos”, fala a mãe.

O Natal deste ano será o primeiro em que a família toda estará junta não apenas fisicamente, mas com a formação de vínculos que amadureceram e cresceram entre todos, assim como se abriram novas questões a serem enfrentadas como lidar com personalidades muito distintas. O avô materno será Papai Noel.

“Nossa ideia é passar para elas a nossa sensação de quando éramos crianças, do tanto que a gente esperava por esses dias, esses eventos e os presentes. Elas não se importam muito com presentes. Elas têm se importado com o estar presentes. É isso que estamos conseguindo dar a elas, as pessoas ao redor, nos fortalecendo como família”, conta Renata.

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