O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passou a véspera de Natal conversando com crianças por telefone, perguntando que presentes esperavam receber e assegurando que não permitirá a entrada de um “mau Papai Noel” no país.
Durante a tradicional iniciativa promovida pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), que permite às crianças “acompanhar” o trajeto do Papai Noel ao redor do mundo, Trump e a primeira-dama Melania Trump atenderam a várias ligações a partir do resort de Mar-a-Lago, na Flórida, onde passam o Natal.
“Queremos ter certeza de que o Papai Noel está se comportando bem. O Papai Noel é uma pessoa muito boa”, disse Trump durante a conversa com duas crianças de Oklahoma, de 4 e 10 anos. “Mas queremos garantir que ele não está sendo infiltrado, que não está entrando no nosso país um Papai Noel mau”, acrescentou.
Sem dar mais explicações, o presidente norte-americano manteve um tom bem-humorado durante as ligações, embora pouco depois tenha voltado ao tom combativo que marcou seus Natais anteriores.
“Feliz Natal a todos, inclusive aos canalhas da esquerda radical que estão fazendo de tudo para destruir o nosso país — mas estão falhando miseravelmente”, escreveu Trump em uma mensagem publicada após os telefonemas.
Durante a interação com as crianças, Trump brincou com a possibilidade de o Papai Noel não encontrar biscoitos à sua espera. “Acho que ele ficaria muito decepcionado”, disse a um menino de oito anos da Carolina do Norte. “Sabe, o Papai Noel tende a ser um pouco cheinho — sabe o que isso significa? Um pouco gordinho.”
Trump também ironizou o tradicional pedaço de carvão que simboliza mau comportamento no Natal. Quando uma menina do Kansas disse esperar não receber carvão, Trump respondeu: “Você quer dizer carvão limpo e bonito?”.
“Carvão é limpo e bonito. Por favor, lembre-se disso, a todo custo”, afirmou, em referência a uma de suas mensagens de campanha em defesa da indústria do carvão.
Enquanto aguardava uma nova ligação, Trump comentou ainda a concentração da primeira-dama ao telefone: “Ela consegue se concentrar totalmente, sem me ouvir”.
Como em anos anteriores, Trump voltou a usar a ocasião natalina para atacar adversários ou promover temas políticos. Em 2024, escreveu: “Feliz Natal aos lunáticos da esquerda radical”. Em 2017, ainda durante o primeiro mandato, acusou um alto funcionário do FBI de parcialidade e criticou a imprensa.
Apesar disso, nas conversas com as crianças, mostrou-se animado. “Eu poderia fazer isso o dia inteiro”, afirmou, antes de dizer que precisaria voltar a “assuntos mais urgentes”, como os esforços para conter a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.






