O Ministério da Defesa chinês acusou hoje os Estados Unidos de estarem a “acelerar o avanço para uma perigosa situação de guerra” no Estreito de Taiwan, após Washington aprovar novas vendas de armamento à ilha.
O porta-voz Zhang Xiaogang afirmou que o conteúdo da Lei de Autorização de Defesa Nacional dos Estados Unidos para 2026 “interfere de forma flagrante nos assuntos internos da China” e “envia sinais gravemente equivocados” às forças pró-independência de Taiwan.
Washington “violou seus compromissos” e “intensificou” as vendas de armas para Taipé, em uma dinâmica que “mina seriamente” a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, acusou o porta-voz.
“Os Estados Unidos estão usando Taiwan como uma ferramenta para conter a China, mas essa estratégia está condenada ao fracasso”, declarou Zhang durante a coletiva de imprensa mensal do ministério.
“Buscar a independência por meio da força leva à autodestruição”, afirmou, acrescentando que as autoridades da ilha “ignoram os interesses e a segurança da população”.
Zhang também pediu a Washington que “atue com a máxima prudência nos assuntos relacionados a Taiwan” e adote “ações concretas para preservar a estabilidade das relações bilaterais e os laços entre os dois exércitos”.
As declarações ocorrem em um momento de crescentes tensões entre China e Estados Unidos, à medida que Washington reforça o apoio político e militar a Taipé.
Embora não mantenha relações diplomáticas formais com a ilha, os Estados Unidos são o principal fornecedor de armas de Taiwan e adotam uma política de ambiguidade estratégica quanto a uma eventual intervenção militar em caso de conflito.
Pequim considera Taiwan uma “parte inalienável” de seu território e não descarta o uso da força para alcançar a “reunificação”, posição rejeitada por Taipé, que defende que apenas os taiwaneses podem decidir seu futuro político.






