Um ano após o 8 de janeiro, líderes dos Legislativo, Executivo e Judiciário promoveram grande evento em defesa da democracia. Era data para relembrar as barbáries ocorridas naquele domingo de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.
Diversas prisões e condenações aconteceram ao longo dos 12 meses que se seguiram, e devem continuar. Essa foi a mensagem dos discursos do evento. Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes disse que houve uma frustrada tentativa de golpe e que, agora, o Brasil não pode confundir paz com impunidade, apaziguamento ou esquecimento.
Presidente Lula (PT) também fez forte discurso ao dizer que não há perdão “para quem atenta contra a democracia” e que “salvo-conduto” poderia gerar sentimento de impunidade. É um recado para barrar tentativas de derrubar as bases do País. Mas a fala também incomodou setores com a menção indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O evento já tinha sido alvo de boicote de bolsonaristas e parlamentares do Centrão. Muitos governadores sofreram forte pressão e não compareceram. Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) foi uma das maiores ausências. Também um recado. Na mesa, a espera do apoio do Governo em seu sucessor no parlamento, o incômodo com a revisão do projeto da desoneração da folha de pagamento e o reforço de sua figura com figuras ligadas à gestão anterior.