O braço armado do Hamas anunciou nesta segunda-feira a libertação de 20 reféns israelenses vivos em Gaza, como parte do acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros firmado com Israel. O pacto, mediado pelos Estados Unidos e negociado no Egito, prevê também a soltura de cerca de 2.000 presos palestinos
O braço armado do Hamas anunciou nesta segunda-feira a libertação de 20 reféns israelenses vivos em Gaza, dentro do acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros com Israel, mediado pelos Estados Unidos e negociado no Egito na semana passada.
O braço armado do grupo palestino Hamas divulgou nesta segunda-feira (13) os nomes de 20 reféns israelenses ainda vivos que deverão ser libertados em Gaza como parte do acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros firmado com Israel.
Em comunicado, as Brigadas Al-Qassam informaram que a libertação ocorrerá “de acordo com o pacto de troca de prisioneiros” e publicaram uma lista com os nomes dos reféns que serão soltos.
Segundo a imprensa israelense, a libertação deve acontecer em duas etapas: a primeira às 8h (2h em Brasília) na região do corredor de Netzarim, que corta a Faixa de Gaza de leste a oeste; e a segunda por volta das 10h (4h em Brasília), na área de Khan Yunis, no sul do enclave
O Hamas havia se comprometido a iniciar nesta segunda a libertação de 48 reféns, a maioria israelenses, ainda detidos em Gaza, conforme o acordo de paz mediado pelos Estados Unidos e negociado no Egito na semana passada.
“De acordo com o que foi assinado, a troca de prisioneiros deve começar nesta segunda-feira de manhã, como combinado, e não há mudanças nesse cronograma”, afirmou o porta-voz do grupo, Oussama Hamdane, à agência France-Presse.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) deve acompanhar o processo de entrega dos reféns, que, uma vez concluído, será seguido pela libertação de cerca de 2.000 presos palestinos por parte de Israel, conforme os termos da primeira fase do cessar-fogo.
Nesta manhã, o Hamas também publicou uma lista com mais de 1.900 prisioneiros palestinos que, segundo o movimento, serão libertados em troca dos reféns israelenses.
O Exército de Israel, no entanto, afirmou no domingo (12) que não espera receber todos os corpos dos reféns mortos durante a operação. Segundo o governo israelense, dos 48 reféns, 47 foram sequestrados nos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023 e um soldado morto em 2014 cujos restos mortais seguem em poder do grupo. Desse total, 20 estão vivos e 28 mortos.
Os reféns vivos, de acordo com Tel Aviv, são todos homens entre 20 e 48 anos.
Pouco antes da declaração do Exército, uma porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que “um organismo internacional, previsto no acordo de cessar-fogo, ajudará a localizar os corpos dos reféns caso não sejam encontrados e libertados” nesta segunda-feira.