A Polícia Federal afirmou que o ex-titular da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, “constituiu uma verdadeira organização criminosa nas entranhas” da instituição. O delegado foi preso hoje, suspeito de obstruir as investigações do caso Marielle entre março a dezembro de 2018.
O que aconteceu
Divisão de Homicídio no Rio “se tornou um ambiente pernicioso para que organizações criminosas encontrassem ali um refúgio para a impunidade de seus crimes”, diz relatório da PF. Rivaldo assumiu a chefia da Polícia Civil um dia antes do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A PF afirmou que Rivaldo era o “líder e agente cooptador das demandas espúrias do grupo”, mas contava com ao menos outros três apoios. Sua esposa, Érika Araújo, era responsável pela parte financeira e “branqueamento de capitais”, segundo a PF. O ex-titular da Delegacia de Homicídios, Giniton Lages, seria o “operacionalizador” e o policial Marco Antônio Barros era o “agente de campo e intermediário com as pessoas de interesse e testemunhas.”