O pré-candidato disse não ver desvantagens em não contar com nomes como o do presidente Lula (PT) —que apoia João Campos— e o do ex-presidente Jair Bolsonaro —ao lado de Gilson Machado Neto (PL). Na disputa, Coelho tem o apoio da governadora Raquel Lyra (PSDB).
Eleição não é sobre os apoios, ela é sobre o futuro e sobre aquilo que a gente planeja para a cidade, sobre as ideias que vão ser colocadas. Com muito orgulho, eu ando com a [governadora] Raquel Lyra há muitos anos, o apoio dela é relevante, mas a eleição não vai ser sobre Lula, não vai ser sobre Bolsonaro, não vai ser sobre Raquel, nem vai ser sobre Daniel ou os demais postulantes. A eleição é sobre 150 mil recifenses que, hoje à noite, não têm o que comer, que vivem com menos de R$ 300 por mês, é sobre uma cidade que é a segunda mais desigual do país
Durante a sabatina, Daniel Coelho fez críticas a um debate político dividido pela polarização. “Quem está com fome hoje quer comer. A fome não é de direita nem de esquerda”, afirmou, acrescentando não ser “afeito aos extremos, à agressividade ou à briga pela briga”.
O pré-candidato disse que “talvez seja de centro”. Ele não vê problemas em ser colocado mais à esquerda —por sua preocupação social— ou mais à direita —por ser favorável à redução da máquina pública— mas sublinhou que esta não é uma questão importante para ele.
Daniel Coelho aparece em segundo lugar, com 7% das intenções de voto, em pesquisa DataFolha divulgada durante a sabatina. O prefeito João Campos (PSB), lidera a disputa, até o momento. Com 75%, seria reeleito já no primeiro turno, de acordo com a sondagem. “Mas nós vamos para o segundo turno. Quem está achando que não vai ter disputa está completamente enganado”, disse Coelho, ao ser informado sobre os números.