Imagem das buscas na casa de Renê Justino, na segunda fase da Presságio (Foto: Reprodução)
Um aparelho de telefone celular tem sido o responsável pelos movimentos mais recentes feitos pela Polícia Civil de Santa Catarina dentro da operação Presságio. Na primeira fase, em janeiro deste ano, os agentes da Deic apreenderam o equipamento do ex-assessor da prefeitura de Florianópolis Renê Justino. Ele foi um dos alvos iniciais da investigação. Ao analisar o aparelho, os policiais encontraram milhares de materiais e conteúdos que geraram as fases seguintes da Presságio. O “celular-bomba” do braço-direito do ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte da Capital Ed Pereira é o que vem agitando a Capital catarinense (veja abaixo fotos da Presságio).
Continua depois da publicidade
Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total
O inquérito aberto para a terceira fase, inclusive, destaca isto logo no começo: “Até o momento, a equipe de investigação está realizando a análise dos dados extraídos do aparelho de telefone celular, de propriedade de RENÊ RAUL JUSTINO, apreendido na sua residência”. De acordo com o documento, o aparelho é nomeado como “Iphone de renê”.
Os investigadores dizem que o celular “apresentou um grande volume de dados a serem analisados, para exemplificar: são 3.359 conversas mantidas por meio do aplicativo WhatsApp, nas quais foram trocadas 183.315 mensagens, além de 77.652 imagens”. Diante do farto material encontrado no aparelho, o equipamento tornou-se fundamental para os trabalhos da Deic.
O inquérito afirma que “a investigação realizada por meio da análise dos dados extraídos do telefone celular de Rene Raul Justino, aliadas às diligências efetuadas pela equipe para corroborar as informações, demonstrou fartos elementos probatórios que nefastas condutas foram e vêm sendo praticadas por agentes públicos e particulares, de modo a utilizar a estrutura da máquina pública – Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis – em benefício próprio ou de terceiros”.
Continua depois da publicidade
Além disso, dentro dos materiais que embasaram os pedidos concedidos pelo Judiciário até agora, estão conversas de Renê com diferentes pessoas investigadas. Dentro das mensagens, por exemplo, foi encontrada uma planilha com nomes de entidades que recebiam recursos da secretaria comandada por Ed Pereira e pessoas vinculadas a ela. A partir disso, se abriram várias frentes de trabalho por parte da polícia.
A importância do “celular-bomba” até agora na operação ainda é destacada em outro trecho do inquérito: “É importante ressaltar que, até o momento, estamos considerando apenas a análise de um dos celulares apreendidos durante a operação autorizada pelo Poder Judiciário. Isso ilustra a magnitude e complexidade da organização criminosa que opera em diversos órgãos da Prefeitura Municipal de Florianópolis”.
Na segunda fase da Presságio, Renê foi novamente alvo das buscas (imagem principal do texto). Naquele 29 de maio, os agentes apreenderam equipamentos eletrônicos do ex-assessor. No entanto, ele comunicou aos policiais que não iria desbloquear os aparelhos, assim como fez na primeira fase. As defesas de Renê e Ed tentam anular na Justiça a apreensão do “celular-bomba” alegando que a apreensão na primeira fase foi feita de forma ilegal, com o ex-assessor sendo pressionado a desbloquear o equipamentos, o que é negado pela Deic.
Veja abaixo fotos da Presságio:
Continua depois da publicidade