Aline acreditava em Grazielly, diz tia. Grazielly Barbosa, dona da clínica Ame-se, não tem formação na área da saúde. A mulher cursou apenas até o terceiro período de medicina em uma faculdade no Paraguai, segundo a Polícia Civil de Goiás. Além disso, o local operava sem alvará sanitário. A influenciadora digital não sabia dessas informações, segundo Elisângela, que trabalha como agente de Vigilância Ambiental em Saúde Materna.
A confiança que ela tinha na Grazi era muito grande, tanto que não pesquisou mais a fundo sobre a formação dela. A Grazi disse a ela que já tinha aplicado o PMMA antes e que era algo simples. Ela foi para a clínica no dia 23 de junho, fez a aplicação e voltou para casa no mesmo dia. Elisângela Maria Lima, tia de Aline
Tia lembra de ter aconselhado a sobrinha a não fazer procedimentos estéticos. Elisângela tinha medo dos riscos, mas era sempre tranquilizada por Aline.
Ela não tinha problema de saúde algum. A gente se dava muito bem e conversava muito. Eu sempre aconselhei a Aline a tomar cuidado, porque realmente ela não precisava desses procedimentos. Mas, como já conhecia a Grazi e já tinha feito outros procedimentos com ela, confiou que não seria algo tão agressivo. A Grazi disse que era uma coisa simples, que não precisava se preocupar, pois era rápido. Aline, infelizmente, acreditou. Elisângela Maria Lima, tia de Aline
Depois do procedimento
Aline, segundo a tia, começou a ter febre no dia seguinte após a aplicação. A digital influencer ligou para a Grazielly, que indicou uma medicação que não surtiu efeito. A falsa biomédica teria dito que a febre “era normal”.