O PT anunciou, na tarde desta segunda-feira, que entrará com dois processos contra o deputado estadual e candidato a prefeito do Rio de Janeiro Rodrigo Amorim (União) após uma briga com o candidato a vereador Leonel de Esquerda (PT) na Praça Varnhagem, na Tijuca, Zona Norte do Rio, no domingo. Leonel está internado no CTI do Hospital Glória D’or, na Zona Sul, para vigilância neurológica e não tem previsão de alta.
- Entenda: Participante denuncia agressão e humilhação no reality show de Pablo Marçal
- Belford Roxo: Cabos eleitorais de Márcio Canella e Matheus do Waguinho se envolvem em pancadaria com spray de pimenta
O primeiro processo, segundo o partido, será de natureza criminal e será movido no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O segundo, de caráter eleitoral, pedirá ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o cancelamento do registro de candidatura de Amorim:
— Não vamos fazer isso somente pelo Leonel. Sabemos que foi o Rodrigo Amorim mesmo que praticou a agressão pela similaridade do calçado, mas sabemos também que ele teve outro caso de violência política que está aguardando julgamento de embargo contra a Benny Briolly. São práticas contínuas que não podem acontecer, e vamos tomar uma posição. Já estamos acionando nosso jurídico — diz Tiago Santana, presidente municipal do PT.
Ainda de acordo com o dirigente, a bancada do PT na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) também deve entrar com um pedido de quebra de decoro contra Amorim.
— Amanhã a nossa bancada na Alerj vai entrar com algum pedido de quebra de decoro por parte do deputado estadual. O PT está querendo prezar pela paz na eleição política. Não é a primeira vez que estamos passando por isso.
- De Zema a Tarcísio: apoio de governadores tem pouco efeito na disputa pela prefeitura na maioria das capitais
Mais cedo, o prefeito Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição, visitou Leonel no hospital e publicou um vídeo nas redes sociais se manifestando contra a violência política. Paes se posicionou a favor de medidas mais severas para quem cometer tal crime.
— O Leonel foi covardemente agredido pelo candidato a prefeito e adversário ali na Tijuca, tomou um chute na cara, foi espancado. Aí a mensagem que eu quero passar aqui é demonstrar que a violência política não leva ninguém a lugar nenhum. A gente pode discordar, não vai pensar todo mundo igual, vai ser um de direita, outro de esquerda, um vai achar isso, outro vai achar aquilo, faz parte da vida, mas a gente tem que manter no campo do argumento. Violência política é algo inaceitável e intolerável. Espero que as consequências para aqueles que cometem esse tipo de violência política sejam mais duras — afirmou Paes.
A visita de Paes foi feita um dia após Lindbergh Farias (PT) também prestar apoio ao colega de sigla. Apesar de o prefeito contar com o apoio do PT, um braço do partido, liderado por Lindbergh, foi na contramão e lançou um movimento público de apoio ao candidato do PSOL, Tarcísio Motta. O movimento “Petistas com Tarcísio” busca alavancar a candidatura do professor.
Em nota, o Glória D’OR O afirma que Leonel sofreu uma fratura nasal e não apresenta alterações agudas no crânio. Segundo o hospital, o paciente evoluiu com desorientação na emergência e foi internado no CTI para vigilância neurológica e seguimento dos cuidados relacionados ao trauma.
“Hoje, foi realizada nova tomografia da coluna cervical, que não indicou alterações. O paciente será reavaliado por especialistas das áreas de neurologia e otorrinolaringologia e segue internado na unidade sem previsão de alta”, diz o comunicado.
Apesar de já contar com a escolta de seguranças da Alerj, Rodrigo Amorim afirmou que está sendo ameaçado de morte e pediu proteção policial. Em ofícios enviados às polícias Civil e Militar nesta segunda-feira, o candidato a prefeito do Rio anexou mensagens intimidadoras que passou a receber através das redes sociais.
Amorim afirma que é “inegável” que se encontra em situação de risco diante das perseguições feitas por Leonel de Esquerda e recebidas após a confusão de domingo. “Necessário que medidas protetivas sejam deferidas, tal como proibindo aproximação do sr. Leonel da minha pessoa ou de qualquer membro da minha família”, pediu Amorim. Ele também solicitou “acautelamento de um colete balístico”.
Questionada sobre as medidas adotadas no âmbito da Justiça Eleitoral e no da Justiça Comum, a assessoria de imprensa do deputado informa que só vai se pronunciar após notificação. Em nota, o Tribunal de Justiça Eleitoral (TRE) informou que “pode vir a julgar e, portanto, está impedido pela Loman (Lei Orgânica da Magistratura Nacional) de se manifestar sobre o caso”.
Rodrigo Amorim, era esperado, nesta segunda-feira, para um debate sobre Segurança Pública promovido pela Universidade Cândido Mendes. Os adversários Carol Sponza (Novo) e Tarcísio Motta (PSOL) participaram do evento. Porém, Amorim, que inicialmente havia confirmado presença, não apareceu.
A assessoria do candidato divulgou nota alegando que ele avisou à organização do debate, no sábado, que não poderia comparecer. Amorim está em São Paulo, onde se reúne com a Executiva do partido. Mas, até o início do evento de hoje, nem os organizadores nem os adversários diziam ter sido informados. Como o debate foi realizado no dia seguinte à agressão sofrida por Leonel de Esquerda, a ausência foi interpretada como uma estratégia do deputado estadual para escapar de perguntas constrangedoras.
Leonel de Esquerda estava panfletando na Praça Varnhagem, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, mesmo local que o deputado estadual Rogério Amorim (PL) fazia um adesivaço. O petista relata ter sido agredido por Amorim com chutes. Em vídeos obtidos pela reportagem, é possível ver que o tênis que atinge o rosto de Leonel se parece com o que Amorim estava usando na agenda. O parlamentar, por sua vez, nega e se diz vítima de calúnia. Os dois prestaram queixa na Polícia Civil, que investiga o caso. A corporação faz diligências.
Candidato a vereador do PT foi agredido; ele acusa Rodrigo Amorim
Tudo começou por volta das 11h da manhã, quando os dois políticos se encontraram. Leonel de Esquerda estava distribuindo material de campanha na região, enquanto o deputado estadual participava de um “adesivaço” de seu irmão, o vereador Rogério Amorim.
Conhecido por seus vídeos nas redes sociais, o petista, então, teria começado a filmar o deputado estadual, chamando-o de ladrão e miliciano. Amorim reagiu, chutando o seu celular. Quando Leonel foi tentar pegar o aparelho, terminou agredido por um grupo de pessoas.
Enquanto Leonel afirma ter sido espancado por Amorim, o mesmo diz que ele caiu no chão e foi machucado pelo tumulto provocado por transeuntes.
A briga deu origem, inclusive, a duas queixas distintas na Polícia — uma por agressão, movida pelo PT, e outra por calúnia, por parte do político do União Brasil. No registro de ocorrência de Amorim, ele diz às autoridades que se sentiu intimidado pelas ofensas e afirma ter visto um “contorno suspeito” na calça de Leonel, que julgou ser uma faca.
Em nota, o diretório municipal do PT prestou solidariedade ao filiado e cobrou providências imediatas das autoridades diante do ataque deste domingo. “Mais um episódio de ataque à democracia brasileira, às eleições livres e à integridade física daqueles que candidatam-se ao voto popular”, diz trecho.
Já a assessoria de Rodrigo Amorim afirmou que ele agiu em defesa própria após provocações e ofensas. “O youtuber caiu durante a confusão e o deputado reagiu pedindo para todos os envolvidos se afastarem a fim de acabar com o tumulto. Em seguida, se abrigou, diante da chegada de seguranças de Leonel”, afirma.
Sua assessoria diz ainda que Amorim vem evitando conflito. Como exemplo, cita uma agenda que foi remarcada, há dez dias. No último dia 21, Amorim ia panfletar próximo ao metrô da Carioca, mas desistiu ao descobrir que o candidato do PSOL, Tarcísio Motta, estaria no local.
O PT anunciou, na tarde desta segunda-feira, que entrará com dois processos contra o deputado estadual e candidato a prefeito do Rio de Janeiro Rodrigo Amorim (União) após uma briga com o candidato a vereador Leonel de Esquerda (PT) na Praça Varnhagem, na Tijuca, Zona Norte do Rio, no domingo. Leonel está internado no CTI do Hospital Glória D’or, na Zona Sul, para vigilância neurológica e não tem previsão de alta.
- Entenda: Participante denuncia agressão e humilhação no reality show de Pablo Marçal
- Belford Roxo: Cabos eleitorais de Márcio Canella e Matheus do Waguinho se envolvem em pancadaria com spray de pimenta
O primeiro processo, segundo o partido, será de natureza criminal e será movido no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O segundo, de caráter eleitoral, pedirá ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o cancelamento do registro de candidatura de Amorim:
— Não vamos fazer isso somente pelo Leonel. Sabemos que foi o Rodrigo Amorim mesmo que praticou a agressão pela similaridade do calçado, mas sabemos também que ele teve outro caso de violência política que está aguardando julgamento de embargo contra a Benny Briolly. São práticas contínuas que não podem acontecer, e vamos tomar uma posição. Já estamos acionando nosso jurídico — diz Tiago Santana, presidente municipal do PT.
Ainda de acordo com o dirigente, a bancada do PT na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) também deve entrar com um pedido de quebra de decoro contra Amorim.
— Amanhã a nossa bancada na Alerj vai entrar com algum pedido de quebra de decoro por parte do deputado estadual. O PT está querendo prezar pela paz na eleição política. Não é a primeira vez que estamos passando por isso.
- De Zema a Tarcísio: apoio de governadores tem pouco efeito na disputa pela prefeitura na maioria das capitais
Mais cedo, o prefeito Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição, visitou Leonel no hospital e publicou um vídeo nas redes sociais se manifestando contra a violência política. Paes se posicionou a favor de medidas mais severas para quem cometer tal crime.
— O Leonel foi covardemente agredido pelo candidato a prefeito e adversário ali na Tijuca, tomou um chute na cara, foi espancado. Aí a mensagem que eu quero passar aqui é demonstrar que a violência política não leva ninguém a lugar nenhum. A gente pode discordar, não vai pensar todo mundo igual, vai ser um de direita, outro de esquerda, um vai achar isso, outro vai achar aquilo, faz parte da vida, mas a gente tem que manter no campo do argumento. Violência política é algo inaceitável e intolerável. Espero que as consequências para aqueles que cometem esse tipo de violência política sejam mais duras — afirmou Paes.
A visita de Paes foi feita um dia após Lindbergh Farias (PT) também prestar apoio ao colega de sigla. Apesar de o prefeito contar com o apoio do PT, um braço do partido, liderado por Lindbergh, foi na contramão e lançou um movimento público de apoio ao candidato do PSOL, Tarcísio Motta. O movimento “Petistas com Tarcísio” busca alavancar a candidatura do professor.
Em nota, o Glória D’OR O afirma que Leonel sofreu uma fratura nasal e não apresenta alterações agudas no crânio. Segundo o hospital, o paciente evoluiu com desorientação na emergência e foi internado no CTI para vigilância neurológica e seguimento dos cuidados relacionados ao trauma.
“Hoje, foi realizada nova tomografia da coluna cervical, que não indicou alterações. O paciente será reavaliado por especialistas das áreas de neurologia e otorrinolaringologia e segue internado na unidade sem previsão de alta”, diz o comunicado.
Apesar de já contar com a escolta de seguranças da Alerj, Rodrigo Amorim afirmou que está sendo ameaçado de morte e pediu proteção policial. Em ofícios enviados às polícias Civil e Militar nesta segunda-feira, o candidato a prefeito do Rio anexou mensagens intimidadoras que passou a receber através das redes sociais.
Amorim afirma que é “inegável” que se encontra em situação de risco diante das perseguições feitas por Leonel de Esquerda e recebidas após a confusão de domingo. “Necessário que medidas protetivas sejam deferidas, tal como proibindo aproximação do sr. Leonel da minha pessoa ou de qualquer membro da minha família”, pediu Amorim. Ele também solicitou “acautelamento de um colete balístico”.
Questionada sobre as medidas adotadas no âmbito da Justiça Eleitoral e no da Justiça Comum, a assessoria de imprensa do deputado informa que só vai se pronunciar após notificação. Em nota, o Tribunal de Justiça Eleitoral (TRE) informou que “pode vir a julgar e, portanto, está impedido pela Loman (Lei Orgânica da Magistratura Nacional) de se manifestar sobre o caso”.
Rodrigo Amorim, era esperado, nesta segunda-feira, para um debate sobre Segurança Pública promovido pela Universidade Cândido Mendes. Os adversários Carol Sponza (Novo) e Tarcísio Motta (PSOL) participaram do evento. Porém, Amorim, que inicialmente havia confirmado presença, não apareceu.
A assessoria do candidato divulgou nota alegando que ele avisou à organização do debate, no sábado, que não poderia comparecer. Amorim está em São Paulo, onde se reúne com a Executiva do partido. Mas, até o início do evento de hoje, nem os organizadores nem os adversários diziam ter sido informados. Como o debate foi realizado no dia seguinte à agressão sofrida por Leonel de Esquerda, a ausência foi interpretada como uma estratégia do deputado estadual para escapar de perguntas constrangedoras.
Leonel de Esquerda estava panfletando na Praça Varnhagem, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, mesmo local que o deputado estadual Rogério Amorim (PL) fazia um adesivaço. O petista relata ter sido agredido por Amorim com chutes. Em vídeos obtidos pela reportagem, é possível ver que o tênis que atinge o rosto de Leonel se parece com o que Amorim estava usando na agenda. O parlamentar, por sua vez, nega e se diz vítima de calúnia. Os dois prestaram queixa na Polícia Civil, que investiga o caso. A corporação faz diligências.
Candidato a vereador do PT foi agredido; ele acusa Rodrigo Amorim
Tudo começou por volta das 11h da manhã, quando os dois políticos se encontraram. Leonel de Esquerda estava distribuindo material de campanha na região, enquanto o deputado estadual participava de um “adesivaço” de seu irmão, o vereador Rogério Amorim.
Conhecido por seus vídeos nas redes sociais, o petista, então, teria começado a filmar o deputado estadual, chamando-o de ladrão e miliciano. Amorim reagiu, chutando o seu celular. Quando Leonel foi tentar pegar o aparelho, terminou agredido por um grupo de pessoas.
Enquanto Leonel afirma ter sido espancado por Amorim, o mesmo diz que ele caiu no chão e foi machucado pelo tumulto provocado por transeuntes.
A briga deu origem, inclusive, a duas queixas distintas na Polícia — uma por agressão, movida pelo PT, e outra por calúnia, por parte do político do União Brasil. No registro de ocorrência de Amorim, ele diz às autoridades que se sentiu intimidado pelas ofensas e afirma ter visto um “contorno suspeito” na calça de Leonel, que julgou ser uma faca.
Em nota, o diretório municipal do PT prestou solidariedade ao filiado e cobrou providências imediatas das autoridades diante do ataque deste domingo. “Mais um episódio de ataque à democracia brasileira, às eleições livres e à integridade física daqueles que candidatam-se ao voto popular”, diz trecho.
Já a assessoria de Rodrigo Amorim afirmou que ele agiu em defesa própria após provocações e ofensas. “O youtuber caiu durante a confusão e o deputado reagiu pedindo para todos os envolvidos se afastarem a fim de acabar com o tumulto. Em seguida, se abrigou, diante da chegada de seguranças de Leonel”, afirma.
Sua assessoria diz ainda que Amorim vem evitando conflito. Como exemplo, cita uma agenda que foi remarcada, há dez dias. No último dia 21, Amorim ia panfletar próximo ao metrô da Carioca, mas desistiu ao descobrir que o candidato do PSOL, Tarcísio Motta, estaria no local.