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Referência para jovens, pastor alia acolhimento e transformação

Redação by Redação
novembro 17, 2025
in LIFESTYLE
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Foto: Guilherme Molinari

O pastor Paulo Ricardo Cavalcante Jorge Ferreira

Promover dignidade humana, acolhimento, transformação e sentido. É dessa forma que o pastor Paulo Ricardo Cavalcante Jorge Ferreira, de 34 anos, define a função da igreja, onde hoje ele é uma referência para milhares de jovens no Rio de Janeiro.

Uma trajetória que começou com uma infância rodeada do amor dos pais e dos irmãos, mas sem privilégios, como ele mesmo conta, na zona leste de São Paulo.

“A minha caminhada foi, antes de tudo, uma trajetória humana — cheia de desafios, aprendizados e recomeços. Cresci em um lar simples, mas extremamente rico em referências”, relata o pastor, em entrevista ao Portal iG.

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O pai era pastor e funcionário público e, nas horas vagas, buscava outras formas de renda para reforçar o sustento a casa. A mãe foi o equilíbrio do lar, conforme o pastor descreve.

“Com seu carinho e sua serenidade, ela nos deu estabilidade emocional e nos ensinou que a verdadeira riqueza não está no que se acumula, mas no que se transmite. Enquanto muitos possuíam recursos vantagens econômicas, eu tive amor; enquanto muitos crescem com posses, eu cresci com princípios — e esse foi o meu maior privilégio e onde finquei minhas raízes”, diz.

O despertar da vocação

O pastor Paulo Ricardo conta que sempre estudou em escolas públicas e cresceu em “um bairro desafiador”.

“Vi adolescentes e jovens portarem arma, entrarem no mundo das drogas, gravidez precoce, famílias enfrentando desestabilização social e durezas que machucavam a alma”, destaca.

Ainda no ensino médio, começou a confrontar colegas sobre uma mudança de vida.

“Por inúmeras vezes os reunia no intervalo, abria a Bíblia e falava do que mais eu tinha dentro de mim; a fé. Me lembro que entre uma aula vaga e outra, entrou uma professora de ciências, percebeu que os que mais bagunçavam estavam atentos em um círculo na sala de aula ouvindo o que eu dizia sobre a fé, vida e futuro. Ela na frente de todos elogiou e disse: eu levo 15 minutos para começar a aula e ainda é uma bagunça, você consegue deixá-los quietos te ouvindo”, recorda.

Foi nessa época que ele começou a ser chamado de pastor.

“Eu ainda não era pastor, mas já vivia como alguém que queria servir. Ali nasceu algo que mais tarde se tornaria minha vocação”, completa.

Dos 13 para os 14 anos, fez um curso profissionalizante gratuito que abriu portas para o primeiro emprego em uma instituição bancária.

Ao mesmo tempo em que estudava e trabalhava, já exercia funções dentro da igreja, no período noturno: dava aula na Escola Bíblica Dominical, liderava adolescentes e jovens, organizava ações sociais e assumia responsabilidades que, segundo ele, influenciaram sua vida.

Mais tarde, iniciou a faculdade de Direito.

Pastor em São Paulo

Aos 19 anos, recorda que já estava pastoreando igrejas.

“Devo muito aos líderes que cruzaram meu caminho, é impossível não mencionar o Bispo Samuel Ferreira, que foi quem explorou e buscou aperfeiçoar em mim os dotes, me permitiu pastorear na Zona Oeste de São Paulo e na Zona Leste. E, em todos os lugares, algo em comum: pessoas buscando uma vida melhor”, ressalta.

Também atribui ao Bispo Samuel Ferreira as experiências que teve na área de comunicação. No rádio, chegou a fazer dois programa diários.

“Também aprendi edição e tudo o que na televisão pode existir. Isto trouxe uma amplitude de conhecimento, amor e devoção a servir e a ouvir as pessoas”, destaca, acrescentando que, na igreja, atuou em todos os ofícios possíveis.

Já trabalhava com adolescente e jovens em São Paulo, na União de Mocidade das Assembleias de Deus do Estado de São Paulo (Umadesp).

“Sempre foi o fio condutor da minha história servir pessoas, servir um propósito e servir a missão. Se hoje existe algo para que possa ser algum tipo de referência, é porque antes de qualquer título, eu aprendi a servir. E servir, para mim, sempre será a verdadeira liderança”, analisa.

A mudança para o Rio de Janeiro

O pastor Paulo Ricardo se casou e, pouco tempo depois, foi transferido para iniciar meu ofício pastoral ajudando na igreja de Marechal Hermes, bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Conforme ele mesmo descreve, foi muito mais do que uma mudança geográfica; foi uma resposta a um chamado.

Ele conta que não conhecia o Rio, não conhecia suas fragilidades, nem imaginava os desafios que enfrentaria.

“Sempre acreditei que Deus muda a nossa geografia quando quer ampliar o alcance da nossa missão. E foi assim: deixei o conhecido para abraçar o incerto. Exigiu muita coragem, fé e trabalho. Mas cada passo confirmou que eu estava exatamente onde deveria estar”, reflete.

Foi aí que afirma ter conhecido a realidade dura do Rio, onde muitas igrejas estão inseridas em comunidades vulneráveis, marcadas por riscos, desigualdades e urgências sociais.

Relata também que, nessa época, foi confiado pelo Bispo Abner Ferreira para presidir a Assembleia de Deus em Rio da Prata, no bairro de Bangu e, ali, desenvolveu projetos sociais, incluindo formação musical, introdução à música para crianças e adolescentes, aulas de reforço escolar e aulas de inglês.

Também atuou em frentes de empreendedorismo, encontros com empresários da região e simpósios para líderes e ações, cujo objetivo que era despertar fé, dignidade e novas perspectivas.

Foto: Guilherme Molinari

Pastor Paulo Ricardo Cavalcante Jorge Ferreira: “A igreja precisa ser uma porta aberta para o futuro”

“Minha visão sempre foi essa: a igreja precisa ser mais do que um templo; ela precisa ser uma porta aberta para o futuro. O Rio de Janeiro se transformou, para mim, em um grande laboratório humano. Um lugar de aprendizado diário, onde percebi na prática como as coisas realmente funcionam e o quanto o bem precisa ser intencional para gerar impacto”, destaca.

A família e o trabalho em terras fluminenses

No Rio de Janeiro, o pastor Paulo Ricardo se casou com Nátaly e teve dois filhos; Lior e Ayla.

“Nátaly é minha companheira indispensável, que compreende e sustenta minhas funções dentro e fora da igreja. Da nossa união vieram meus dois filhos, frutos dessa cidade maravilhosa, que floresceram meu coração e ampliaram meu senso de responsabilidade”, descreve.

Além das igrejas em Marechal Hermes e Rio da Prata, ele também foi convocado pelo Bispo Abner Ferreira para servir no bairro de  Madureira, onde atua como co-pastor.

“O Rio não foi apenas o lugar onde sirvo, foi o lugar onde tenho crescido com senso de responsabilidade social. Onde aprendi, amadureci e reencontrei o sentido mais profundo do que significa cuidar de pessoas. Aqui minha fé tem se transformado em ação e o meu chamado se transformado em vida“, salienta.

Mais do que um templo físico

Para o pastor Paulo Ricardo, a igreja sempre foi muito mais do que um templo físico.

“Ela é, antes de tudo, uma comunidade viva de pessoas do bem, unidas por um propósito comum, que é promover dignidade humana, acolhimento, transformação e sentido. A força social da igreja é algo impressionante — e, ao contrário de muitas instituições, ela faz tudo isso sem depender de recursos públicos. É um serviço sustentado pela fé, pela voluntariedade e pela convicção de que cada vida importa”, defende.

Para ele, quando alguém chega à igreja quebrado por um vício, por uma dor, por uma história ferida — seja álcool, drogas ou qualquer prisão emocional —, ali encontra uma porta aberta para recomeçar.

“É ressocializado, é acolhido, é valorizado, e muitas vezes encontra seu primeiro papel de responsabilidade, que depois se derrama naturalmente para a sociedade. A fé que não toca a realidade humana se torna apenas discurso e, por isso ,acredito que a espiritualidade saudável precisa gerar impacto real, medível e transformador”, ressalta.

Ainda de acordo com a análise do pastor, em muitas regiões onde o Estado não alcança, a igreja chega, com força, afeto e soluções.

“Desenvolvemos vários projetos sociais que atendem crianças, adolescentes, jovens, famílias e pessoas com deficiência, trazendo acesso, dignidade e oportunidades reais”, afirma.

“Um dos exemplos mais fortes está nos projetos musicais, ampliados pela visão do Bispo Abner Ferreira. E m nossas igrejas de periferia, jovens que jamais teriam acesso a um instrumento musical encontram portas abertas para aprender teoria e prática”, completa.

Muitos dos meninos que nasceram em comunidades vulneráveis, segundo revela o pastor Paulo Ricardo, hoje fazem parte de orquestras nacionais e internacionais. Outros ingressaram em bandas militares, como Fuzileiros Navais, Exército e Força Aérea Brasileira.

“A igreja dá voz a quem muitas vezes é silenciado, oferece dignidade onde há abandono e constrói pertencimento onde existia dor. A comunidade de fé se torna um espaço seguro, um lugar de encontro para quem não sabe como lidar com seus próprios desafios”, avalia.

Embaixada do Futuro

O pastor revela que está consolidando um projeto pessoal chamado Embaixada do Futuro, que nasce, segundo ele, como um espaço de diálogo inteligente, onde ideias se tornam compromissos, compromissos se tornam direções e direções se transformam em impacto social.

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Foto: Guilherme Molinari

Pastor Paulo Ricardo Cavalcante Jorge Ferreira

A Embaixada do Futuro, diz ele, quer deixar legados.

“A proposta é reunir manifestos, pesquisas, reflexões e princípios que sirvam como fonte de consulta para órgãos públicos, entidades e pessoas que desejam pensar o amanhã com mais responsabilidade. São eixos temáticos que dialogam com governança ética, inclusão social, desenvolvimento humano e caminhos para uma sociedade mais justa. O amanhã começa hoje, e toda transformação profunda nasce de uma ideia comprometida”,  detalha.

Conexão com os jovens

Ao ser questionado pela reportagem do IG sobre a conexão com os jovens, que o faz referência desse público atualmente, o pastor atribui isso ao fato de também ser jovem e carregar no coração as mesmas inquietações, sonhos e dores dessa geração.

“Mas minha atuação nunca se limitou ao público jovem. A vida pastoral nos coloca diante de todas as idades, desde a criança que nos lembra da fragilidade da vida, ao adolescente que demonstra energia e impulsividade, ao jovem que sonha e ousa, ao adulto que carrega responsabilidades, até o ancião que sintetiza sabedoria e equilíbrio”, aponta.

Ele diz que essa ponte entre gerações acontece porque ele não busca perfeição, busca verdade.

“Jovem não se impressiona com discurso bonito; ele se conecta com autenticidade. Acredito que a minha geração quer ver líderes que escutam, que entendem, que caminham junto e que assumem vulnerabilidades. Por isso, para mim, servir sempre foi o centro de tudo. E eu carrego uma máxima que aprendi cedo: quem não serve, não serve”, resume.

Trabalho reconhecido

Neste ano, o pastor Paulo Ricardo Cavalcante Jorge Ferreira ganhou o Prêmio de Melhor Empreendedor em Inovação Social e Educação do Brasil, que reconhece iniciativas na área de educação e inovação social. 

Para ele, esse reconhecimento não é um troféu pessoal, mas uma manifestação pública de um compromisso.

“Sempre tentei unir propósito e ação, espiritualidade e trabalho, fé e responsabilidade social. Talvez seja isso que explique o prêmio. Prêmios não servem para elevar o ego; servem para lembrar que existe dever. É nessa consciência que nasce, inclusive, o desejo de consolidar a Embaixada do Futuro”, reafirma.

O pastor também recebeu a Medalha Pedro Ernesto — uma das mais altas condecorações do Rio de Janeiro —, o título de Cidadão Benemérito do Estado, honrarias municipais e diversas moções de aplausos.

“Mas nunca interpretei esses gestos como celebridades; interpreto como confiança. E confiança, para mim, é sagrada. Sigo com gratidão, mas também com um senso ainda maior de missão“, destaca.

Inspirações

Sobre suas inspirações, ele começa apontando a que considera a maior: Cristo.

“Mas acredito profundamente que a gratidão é a memória do coração; e no meu coração existem figuras humanas que foram fundamentais na minha formação. Eu fui forjado, desde cedo, ‘no ninho das águias’. Deus me deu a oportunidade de crescer cercado de exemplos fortes, íntegros e silenciosamente grandiosos”, enfatiza.

Dentre suas “inspirações terrenas”, ele menciona o pai, pastor Levi Jorge, o Bispo Samuel Ferreira, o Bispo Abner Ferreira, o sogro Pastor Magner Ferreira e o Bispo Primaz Manoel Ferreira.

“Dentre tantos outros que marcaram minha vida, estes representam princípios que carregarei para sempre: propósito, trabalho, fé, equilíbrio, dedicação e verdade. Eles me ensinaram que liderança não é sobre desejo; é sobre missão. E missão sempre vai além do que queremos — porque missão é aquilo para o qual fomos chamados a ser”, conclui o pastor Paulo Ricardo Cavalcante Jorge Ferreira.

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