Cerca de 91,1% dos credores aprovaram o acordo após mais de seis horas de discussão, enquanto, em termos de volume de dívida com as Americanas, 97,2% dos credores deram aval para o plano — a empresa precisava de maioria em ambos os cenários.
Segundo o administrador judicial, credores trabalhistas e pequenas empresas não participaram da votação, uma vez que não houve alteração nas condições de pagamento acertadas com as partes, que representam menos de 1% da dívida das Americanas.
A aprovação já era esperada, já que as Americanas, ao longo das últimas semanas, vinha anunciando a obtenção de apoio dos principais credores, como Bradesco, Santander, Itaú e Safra.
Os credores, contudo, chegaram a considerar a suspensão da votação do plano de recuperação judicial e prorrogação para 22 de janeiro, após serem incluídas pequenas mudanças à proposta de reestruturação. No entanto, a proposta foi rejeitada por maioria dos votos.
Do aporte de cerca de 12 bilhões de reais previsto pelo trio de acionistas, do 3G Capital, 1,5 bilhão de reais já foi injetado, enquanto outros 3,5 bilhões serão aportados em até 15 dias após a data de homologação do plano.
A proposta aprovada pelos credores também inclui a obrigação da Americanas de vender a cadeia de hortifrúti Natural da Terra e sua participação de 70% na Uni.Co, que opera franquias como Puket e Imaginarium.