Estado registrou, em média, 1 tornado a cada 4 dias. Estação no estado é propícia para tempestades e eventos extremos em função das trocas de massas de ar frio por ar quente. Funil em vídeo feito por moradores no Sul de Santa Catarina
Defesa Civil/Divulgação
Em menos de 20 dias, Santa Catarina já registrou a passagem de cinco tornados, distribuídos entre as regiões Oeste, Serra e Sul. Todos com potencial destrutivo e que causaram destelhamentos, quedas de árvore e danos em estruturas.
Os tornados, caracterizados pela coluna de ar em formato de funil que a atinge superfície do solo, estão associados a outros fenômenos que castigam o estado neste mês de novembro: fortes temporais com cheias históricas, deslizamentos, ventanias e até um tsunami meteorológico.
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Tornado com ventos de 100 km/h destrói casas e arranca árvores em Urupema
As ocorrências mais recentes neste mês aconteceram no último sábado (18) em duas regiões diferentes em um período de sete horas entre eles: às 2h entre os municípios de Balneário Gaivota e Sombrio, no Sul, e por volta de 9h em Urupema, na Serra Catarinense.
A distância entre as duas regiões é de 250 quilômetros. A explicação para os fenômenos no estado em um curto período de tempo tem dois fatores principais: a primavera e o El Niño.
Estragos causados por tornado em Urupema
Defesa Civil/Reprodução
O meteorologista Fernando Rafael, da Defesa Civil de Santa Catarina, detalha que o El Niño é responsável pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico e resulta em secas nas regiões equatoriais (Norte e Nordeste do Brasil) e chuvas excessivas no Sul e Sudeste.
O que é o fenômeno El Niño
Acrescenta ainda que, em geral, a primavera já é a estação do ano mais propícia para tempestades e eventos extremos em função de que há trocas de massas de ar frio por ar quente e, em mudanças mais abruptas, favorece a ocorrência de temporais e vendavais.
“É a estação do ano mais tempestuosa. É a estação em que a chuva não vem sozinha, mas vem com uma troca de ar que favorece essas tempestades. Automaticamente, eventos mais severos como microexplosões, tornados e até mesmo vendavais acabam acontecendo com mais frequência”, explica.
Estragos causados por passagem de tornado em Cunha Porã, no Oeste de SC
Ele completa que a alternância entre massas de ar frio e de ar quente provocam as tempestades que podem dar origem aos tornados. Devido as diferenças de temperatura, um movimento espiralado sai da nuvem cumulonimbus e somente pode ser chamado de tornado se tocar o solo, em uma área que pode variar de 100 a 300 metros.
O fato de os fenômenos acontecerem nesta época também não é por acaso, já que outubro e novembro, são os meses onde os efeitos do El Niño são mais perceptíveis, por causa da primavera.
E o fenômeno não vem sozinho. Outras condições associadas contribuem para o deslocamento de frentes frias até Santa Catarina, como a como a oscilação antártica negativa, que é quando o cinturão de vento ao redor da Antártida enfraquece e se desloca rumo ao continente americano.
Danos em casa provocados por tornado em Balneário Gaivota
Defesa Civil/Divulgação
Tornados de novembro em SC
Em Cunha Porã, no Oeste, no dia 6 de novembro. A força dos ventos chegou a arrancar árvores pela raiz;
Em Tubarão, no Sul, em 11 de novembro. O tornado atingiu árvores, telhados, vegetação e placas de outdoor;
Em Itá, no Oeste, em 16 de novembro. Com a força dos ventos, árvores ficaram retorcidas;
Em Urupema, na Serra, no sábado (18). Os ventos destruíram uma casa e causaram danos em outras. Árvores também foram atingidas.
Em Balneário Gaivota e Sombrio, no Sul, também no sábado (18). As cidades tiveram danos como destelhamento parcial e total de residências e galpões, assim como a quebra de árvores.
Situação das chuvas em SC
Nas enchentes mais recentes, desde o dia 14 de novembro, pelo menos 67 os municípios registraram algum tipo de ocorrência e contando as chuvas de outubro, já são 71 cidades em situação de emergência e 11 em calamidade pública, informou a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família.
Ao todo, mais de 60 abrigos estavam abertos. Desse total, 21 estão em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, uma das cidades mais atingidas pela chuva intensa. Nessa cidade, 1.659 pessoas estão nos abrigos.
Os outros municípios com abrigos abertos são Lontras, também no Vale do Itajaí, com cinco locais e Irineópolis, no Norte do estado, com quatro.
Nessas enchentes mais recentes, três pessoas morreram e uma está desaparecida após ocorrências causadas pelas chuvas.
As regiões do Vale do Itajaí, Oeste e Serra foram as mais atingidas.
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VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias
Defesa Civil/Divulgação
Em menos de 20 dias, Santa Catarina já registrou a passagem de cinco tornados, distribuídos entre as regiões Oeste, Serra e Sul. Todos com potencial destrutivo e que causaram destelhamentos, quedas de árvore e danos em estruturas.
Os tornados, caracterizados pela coluna de ar em formato de funil que a atinge superfície do solo, estão associados a outros fenômenos que castigam o estado neste mês de novembro: fortes temporais com cheias históricas, deslizamentos, ventanias e até um tsunami meteorológico.
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Tornado com ventos de 100 km/h destrói casas e arranca árvores em Urupema
As ocorrências mais recentes neste mês aconteceram no último sábado (18) em duas regiões diferentes em um período de sete horas entre eles: às 2h entre os municípios de Balneário Gaivota e Sombrio, no Sul, e por volta de 9h em Urupema, na Serra Catarinense.
A distância entre as duas regiões é de 250 quilômetros. A explicação para os fenômenos no estado em um curto período de tempo tem dois fatores principais: a primavera e o El Niño.
Estragos causados por tornado em Urupema
Defesa Civil/Reprodução
O meteorologista Fernando Rafael, da Defesa Civil de Santa Catarina, detalha que o El Niño é responsável pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico e resulta em secas nas regiões equatoriais (Norte e Nordeste do Brasil) e chuvas excessivas no Sul e Sudeste.
O que é o fenômeno El Niño
Acrescenta ainda que, em geral, a primavera já é a estação do ano mais propícia para tempestades e eventos extremos em função de que há trocas de massas de ar frio por ar quente e, em mudanças mais abruptas, favorece a ocorrência de temporais e vendavais.
“É a estação do ano mais tempestuosa. É a estação em que a chuva não vem sozinha, mas vem com uma troca de ar que favorece essas tempestades. Automaticamente, eventos mais severos como microexplosões, tornados e até mesmo vendavais acabam acontecendo com mais frequência”, explica.
Estragos causados por passagem de tornado em Cunha Porã, no Oeste de SC
Ele completa que a alternância entre massas de ar frio e de ar quente provocam as tempestades que podem dar origem aos tornados. Devido as diferenças de temperatura, um movimento espiralado sai da nuvem cumulonimbus e somente pode ser chamado de tornado se tocar o solo, em uma área que pode variar de 100 a 300 metros.
O fato de os fenômenos acontecerem nesta época também não é por acaso, já que outubro e novembro, são os meses onde os efeitos do El Niño são mais perceptíveis, por causa da primavera.
E o fenômeno não vem sozinho. Outras condições associadas contribuem para o deslocamento de frentes frias até Santa Catarina, como a como a oscilação antártica negativa, que é quando o cinturão de vento ao redor da Antártida enfraquece e se desloca rumo ao continente americano.
Danos em casa provocados por tornado em Balneário Gaivota
Defesa Civil/Divulgação
Tornados de novembro em SC
Em Cunha Porã, no Oeste, no dia 6 de novembro. A força dos ventos chegou a arrancar árvores pela raiz;
Em Tubarão, no Sul, em 11 de novembro. O tornado atingiu árvores, telhados, vegetação e placas de outdoor;
Em Itá, no Oeste, em 16 de novembro. Com a força dos ventos, árvores ficaram retorcidas;
Em Urupema, na Serra, no sábado (18). Os ventos destruíram uma casa e causaram danos em outras. Árvores também foram atingidas.
Em Balneário Gaivota e Sombrio, no Sul, também no sábado (18). As cidades tiveram danos como destelhamento parcial e total de residências e galpões, assim como a quebra de árvores.
Situação das chuvas em SC
Nas enchentes mais recentes, desde o dia 14 de novembro, pelo menos 67 os municípios registraram algum tipo de ocorrência e contando as chuvas de outubro, já são 71 cidades em situação de emergência e 11 em calamidade pública, informou a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família.
Ao todo, mais de 60 abrigos estavam abertos. Desse total, 21 estão em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, uma das cidades mais atingidas pela chuva intensa. Nessa cidade, 1.659 pessoas estão nos abrigos.
Os outros municípios com abrigos abertos são Lontras, também no Vale do Itajaí, com cinco locais e Irineópolis, no Norte do estado, com quatro.
Nessas enchentes mais recentes, três pessoas morreram e uma está desaparecida após ocorrências causadas pelas chuvas.
As regiões do Vale do Itajaí, Oeste e Serra foram as mais atingidas.
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