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Gal Costa ressurge em disco que revisita os grandes momentos de sua carreira

Redação by Redação
outubro 18, 2025
in FAMA
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Acompanhado de uma banda espartana -Fábio Sá (baixo), Limma (teclados) e Vitor Cabral (bateria)- Gal cantou 20 canções que deram uma geral em sua carreira. Sob direção de Marcus Preto, o show trouxe clássicos do início da discografia da cantora e também músicas que ela havia lançado em seus últimos LPs.

ANDRÉ BARCINSKI
JT – A cantora Gal Costa morreu em 9 de novembro de 2022, aos 77 anos. Pouco menos de dois meses antes, em 17 de setembro do mesmo ano, ela subiu ao palco do festival Coala, realizado no Memorial da América Latina, em São Paulo, para um show que seria o seu derradeiro.

Acompanhado de uma banda espartana -Fábio Sá (baixo), Limma (teclados) e Vitor Cabral (bateria)- Gal cantou 20 canções que deram uma geral em sua carreira. Sob direção de Marcus Preto, o show trouxe clássicos do início da discografia da cantora e também músicas que ela havia lançado em seus últimos LPs.

A gravação desse show sai agora no LP “As Várias Pontas de Uma Estrela”, lançado pela Biscoito Fino. O áudio já está nas plataformas e o show pode ser visto na íntegra até 20 de outubro no canal da Biscoito Fino no Youtube.

“As Várias Pontas de Uma Estrela” é um disco que, se não traz a voz de Gal em toda sua força e beleza, vale pela emoção de ouvi-la cantando num palco pela última vez e pela devoção da plateia. O público do Coala era majoritariamente mais jovem do que as plateias que acompanhavam os shows de Gal em teatros e casas de show, e é bonito ver e ouvir a reação entusiasmada a canções lançadas quando muitos ali nem haviam nascido.

O show começa com uma versão pesada e animada de “Fé Cega, Faca Amolada”, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, e de cara fica evidente que a voz de Gal não tem a potência e clareza de outras épocas. Mas isso não parece importar para o público, que canta animadamente toda a letra.

A banda emenda o bluesão “Hotel das Estrelas”, de Jards Macalé e Duda Machado, e “Divino, Maravilhoso” (Gil e Caetano), com o público cantando junto, a primeira de seis canções assinadas por Caetano Veloso, incluindo originais e versões, que Gal cantaria no show.

Gal canta “Dom de Iludir”, de Caetano, e a diferença da interpretação da cantora aqui e na versão original, gravada no álbum “Minha Voz” (1982) e que trazia uma interpretação sublime, com aquela voz sexy e sussurrada, é imensa. Claro que, em 2022, Gal estava cantando num show grande para uma plateia numerosa, não num clubinho enfumaçado, mas a diferença impressiona.

Depois de saudar gerações mais novas de compositores nacionais com “Quando Você Olha Pra Ela”, de Mallu Magalhães, e “Palavras no Corpo”, parceria de Silva com Omar Salomão, filho do poeta Waly Salomão (1943-2003) produtor de um show histórico da cantora em 1971, “Fatal”, que renderia o disco ao vivo “Fa-Tal – Gal a Todo Vapor”, a cantora emenda uma sequência matadora de hits como “Nada Mais”, versão de Ronaldo Bastos para “Lately”, de Stevie Wonder, “Paula e Bebeto” (Milton Nascimento e Caetano Veloso), uma versão mais sacolejante do clássico da bossa nova “Desafinado” (Tom Jobim e Newton Mendonça), “A História de Lilly Braun”, de Chico e Edu Lobo, e “Açaí” (Djavan), com o refrão cantado em coro pela plateia.

O bloco seguinte do show trouxe canções que Gal gravou na segunda metade dos anos 1980, período em que assinou contrato com a RCA e deu uma guinada comercial na carreira, que fez subir as vendagens dos álbuns, mas foram recebidas com frieza pela crítica: o bolerão “Lua de Mel” (Lulu Santos) e “Sorte” (Celso Fonseca e Ronaldo Bastos), grande hit de FM.

Chega a hora dos “feats”, verdadeira praga de festivais modernos, e Gal chama dois cantores e compositores da geração 1990 (os dois nascidos, por coincidência, no mesmo ano, 1991): Rubel e Tim Bernardes.

O primeiro faz duetos com Gal em duas músicas lindas de Caetano Veloso, “Como 2 e 2” e “Tigresa”, em interpretações corretas, mas sem o sex-appeal libidinoso que Gal imprimiu especialmente à segunda, gravada originalmente em 1977. Já Bernardes canta “Negro Amor”, versão de Caetano e Péricles Cavalcanti para “It’s All Over Now, Baby Blue”, de Bob Dylan, e “Vapor Barato” (Jards Macalé e Waly Salomão). Rubel volta para cantar, junto a Gal e Tim Bernardes, “Baby”, de Caetano Veloso.

O encerramento do show traz dois imensos hits gravados por Gal nos anos 1980: “Um Dia de Domingo”, baladão soul de Michael Sullivan e Paulo Massadas, que Gal gravou com Tim Maia, e “Brasil”, de Cazuza, Nilo Romero e George Israel. “Daqui a 15 dias a gente escolhe nosso presidente, vamos votar com sabedoria”, diz Gal, referindo-se à eleição presidencial de 2022 (no vídeo do show, disponível no Youtube, Gal aparece fazendo com a mão o “L” de Lula).

Quando se apresentou no festival Coala, Gal Costa estava em meio a uma extensa agenda de shows. Ela se apresentaria no festival Primavera Sound, em São Paulo, e tinha uma excursão marcada para a Europa. Mas um infarto não permitiu, e “As Várias Pontas de Uma Estrela” fica como o último registro de uma das cantoras mais importantes da música brasileira.

As Várias Pontas de Uma Estrela
Autoria: Gal Costa
Gravadora: Biscoito Fino
Onde ouvir: Nas plataformas digitais
Avaliação: Bom

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