Os ataques israelenses prosseguiram durante a madrugada de hoje, fazendo pelo menos nove mortos, apesar do Hamas ter anunciado disponibilidade para negociar o plano de paz e de Donald Trump ter pressionado Israel a cessar “imediatamente” os bombardeamentos.
De acordo com diversas fontes médicas, pelo menos nove pessoas morreram, entre elas três crianças, e várias ficaram feridas após bombardeios realizados pelo exército israelense em território palestino durante a madrugada.
A mesma informação foi divulgada pela Defesa Civil, que denunciou dezenas de ataques aéreos e disparos de artilharia de Israel na cidade de Gaza, apesar do apelo do presidente norte-americano Donald Trump para que o país cessasse “imediatamente” os bombardeios.
Os ataques aconteceram depois que o movimento islâmico palestino Hamas anunciou estar disposto a libertar todos os reféns, de acordo com o plano do presidente norte-americano, e pediu o início de “negociações imediatas através dos mediadores” para discutir os detalhes.
Em resposta ao Hamas, o governo de Israel anunciou que se prepara para implementar “de forma imediata” em Gaza o plano de paz, sendo apoiado pelo chefe do Estado-Maior de Israel, Eyal Zamir, que ordenou “avançar na preparação para a implementação da primeira fase do plano Trump para a libertação dos reféns”.
Horas depois da resposta do Hamas, o presidente dos Estados Unidos afirmou que Israel deve “interromper imediatamente” os ataques contra a Faixa de Gaza, dizendo que os militantes do Hamas “estão prontos para uma paz duradoura”.
No entanto, Israel continuou bombardeando a Faixa de Gaza e matando civis, apesar da aceitação do acordo pelo Hamas e do apelo de Donald Trump.
Relatores de direitos humanos da ONU, junto com organizações internacionais e um número crescente de países, classificam como genocídio a ofensiva militar israelense contra Gaza, que, desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, já provocou mais de 66 mil mortos, incluindo mais de 20 mil crianças.