SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Oposição do Conselho Deliberativo do São Paulo protocolou, na manhã desta terça-feira, o pedido para destituição do presidente do clube, Julio Casares.
Como o UOL mostrou, a expectativa era de finalização do processo ainda no início desta semana. Líderes do grupo publicaram o documento há poucos minutos.
O pedido foi assinado por 57 conselheiros, sendo a grande maioria opositores declarados a Julio Casares.
Agora, a petição será encaminhada para o plenário, para ser discutida. À reportagem, fontes na Oposição dizem que a expectativa é de o presidente da casa, Olten Ayres, acatar o documento e convocar uma reunião extraordinária nos próximos dias.
DETALHES
Com o avanço do requerimento e os 50 votos necessários atingidos, o presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres deve convocar a reunião. A partir disso, a destituição de Casares precisaria passar por uma votação no Conselho e ser aprovada por pelo menos dois terços da casa – 171 de 255 conselheiros hoje, aptos ao voto. Nesse caso, Casares já seria afastado.
Em seguida, o pedido de destituição ainda passaria por uma Assembleia Geral, com todos os sócios adimplentes. A aprovação se daria por maioria simples, última instância do processo.
O pedido de destituição não envolverá o vice-presidente, Harry Massis Júnior, empresário de 80 anos. Massis está no cargo desde o início da gestão, em 2021, é sócio do clube há 61 anos e assumiria a cadeira em eventual caso de destituição.
A oposição pensava em um pedido de afastamento temporário de Casares, mas mudou de rota. A avaliação é de necessidade de uma medida ‘direta’ ao mandatário, em meio ao turbilhão político que vive a gestão – seja pela divulgação de um áudio no qual dois diretores admitem um esquema de venda ilegal de ingressos de um camarote para shows, seja pela investigação policial sobre lista de dirigentes tricolores e empresários suspeitos de participação em desvios de verbas em negociações de atletas.
Os motivos elencados no pedido são por ‘administração temerária’, sustentada sobre os seguintes argumentos: sucessivo descumprimento do orçamento (alta dívida do clube acima dos R$ 968,2 milhões no fim de 2024); suposta venda de jogadores abaixo do valor de mercado nas últimas janelas; suposta comercialização ilegal de ingressos por dois diretores do clube.






