Estação Mirante de Santana registrou o acumulado de 307 milímetros de chuva, 28% a mais do que o recorde anterior de 1969, quando foram registrados 237,9 mm. Prefeitura pretende instalar sensores antienchente, mas ainda não identificou principais áreas de risco. Pedestres enfrentam chuva na zona sul da cidade de São Paulo, em 17 de outubro.
BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
A quatro dias de acabar, outubro já é o mais chuvoso da história na capital paulista, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As medições na cidade de São Paulo começaram em 1943.
Até quinta-feira (26), a estação Mirante de Santana, na Zona Norte, única referência para comparativos históricos, registrou o acumulado de 307 milímetros de chuva, 28% a mais do que o recorde anterior de 1969, quando foram registrados 237,9 mm.
Se compararmos com a média histórica para o mês, que é de 128 mm, choveu 140% a mais.
Sistema de monitoramento antienchente
Capital registra 19 pontos de alagamento após chuva da manhã de terça-feira (18)
Para amenizar os danos causados por alagamentos na cidade, a prefeitura aposta em sensores movidos a energia solar. Segundo o Executivo municipal, cem pontos serão monitorados, e a promessa é a de que todos estejam instalados até o fim de novembro.
Segundo Juliana Ogawa, diretora de Zeladoria Urbana das Subprefeituras, “esses pontos foram escolhidos como pontos estratégicos, que já têm um histórico de alagamento, para que a gente tenha, em tempo real, a situação desses locais, e a gente possa disparar todas as ações o mais rápido possível para restabelecer as vias para a população”.
Mas a prefeitura ainda precisa identificar, em detalhes, quais são as áreas de risco de inundação em toda capital. Um mapeamento hidrológico iniciado em 2021 ainda não foi finalizado.
No mesmo ano, a prefeitura concluiu um mapeamento das áreas de risco de deslizamento. O SP2 mostrou, na época, que, num período de dez anos, as áreas de risco cresceram 20%. A região do M’Boi Mirim foi a pior nesse aspecto.
O geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos acredita que os equipamentos de monitoramento instalados pela prefeitura contribuem para agilizar o atendimento em áreas alagadas, mas outras medidas precisam ser tomadas para resolver o problema das enchentes.
“O principal fator é a impermeabilização das cidades. com a impermeabilização, o asfalto, o concreto, a redução de áreas verdes, a quantidade de água de chuva que ocorre durante um episódio pluviométrico, ela vai praticamente toda em direção às drenagens e de forma muita rápida. A cidade não retém mais a água de chuva, ela joga toda a água de chuva sobre um sistema de drenagem que não vai dar conta.”
BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
A quatro dias de acabar, outubro já é o mais chuvoso da história na capital paulista, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As medições na cidade de São Paulo começaram em 1943.
Até quinta-feira (26), a estação Mirante de Santana, na Zona Norte, única referência para comparativos históricos, registrou o acumulado de 307 milímetros de chuva, 28% a mais do que o recorde anterior de 1969, quando foram registrados 237,9 mm.
Se compararmos com a média histórica para o mês, que é de 128 mm, choveu 140% a mais.
Sistema de monitoramento antienchente
Capital registra 19 pontos de alagamento após chuva da manhã de terça-feira (18)
Para amenizar os danos causados por alagamentos na cidade, a prefeitura aposta em sensores movidos a energia solar. Segundo o Executivo municipal, cem pontos serão monitorados, e a promessa é a de que todos estejam instalados até o fim de novembro.
Segundo Juliana Ogawa, diretora de Zeladoria Urbana das Subprefeituras, “esses pontos foram escolhidos como pontos estratégicos, que já têm um histórico de alagamento, para que a gente tenha, em tempo real, a situação desses locais, e a gente possa disparar todas as ações o mais rápido possível para restabelecer as vias para a população”.
Mas a prefeitura ainda precisa identificar, em detalhes, quais são as áreas de risco de inundação em toda capital. Um mapeamento hidrológico iniciado em 2021 ainda não foi finalizado.
No mesmo ano, a prefeitura concluiu um mapeamento das áreas de risco de deslizamento. O SP2 mostrou, na época, que, num período de dez anos, as áreas de risco cresceram 20%. A região do M’Boi Mirim foi a pior nesse aspecto.
O geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos acredita que os equipamentos de monitoramento instalados pela prefeitura contribuem para agilizar o atendimento em áreas alagadas, mas outras medidas precisam ser tomadas para resolver o problema das enchentes.
“O principal fator é a impermeabilização das cidades. com a impermeabilização, o asfalto, o concreto, a redução de áreas verdes, a quantidade de água de chuva que ocorre durante um episódio pluviométrico, ela vai praticamente toda em direção às drenagens e de forma muita rápida. A cidade não retém mais a água de chuva, ela joga toda a água de chuva sobre um sistema de drenagem que não vai dar conta.”