Mensagens reveladas pelo Daily Mail indicam que a duquesa de York e as princesas Beatrice e Eugenie teriam comemorado a libertação de Jeffrey Epstein em 2009. A versão contradiz declarações de Sarah Ferguson, que afirmou ter rompido relações com o empresário condenado por abusos sexuais
Novas revelações voltaram a colocar a família real britânica no centro das investigações ligadas a Jeffrey Epstein, empresário condenado por abusos sexuais. Segundo o jornal britânico Daily Mail, um e-mail de 2011 enviado por Epstein ao seu advogado, Paul Tweed, indica que Sarah Ferguson, duquesa de York, teria comemorado a libertação do financista da prisão acompanhada das filhas, as princesas Beatrice e Eugenie.
A mensagem contradiz as declarações públicas feitas pela duquesa na época, quando afirmou já não manter contato com Epstein. Segundo o e-mail, Sarah “foi a primeira a celebrar sua libertação com as filhas”. Epstein havia deixado a prisão em 2009, período em que Beatrice e Eugenie tinham, respectivamente, 20 e 19 anos.
Fontes próximas à família, no entanto, contestam essa versão. Uma pessoa ouvida pela revista People afirmou que as princesas “nunca conheceram Epstein”, enquanto outra fonte do The Telegraph declarou que nem Sarah nem as filhas “têm qualquer lembrança” de uma visita ao empresário.
Os e-mails, agora revelados, teriam sido enviados um mês depois de uma entrevista concedida por Sarah Ferguson ao London Evening Standard, em março de 2011, na qual ela pediu desculpas por sua relação com Epstein e garantiu que os dois não mantinham mais contato.
A duquesa também enfrenta repercussões recentes. No mês passado, diversas instituições de caridade anunciaram o fim de suas parcerias com ela após a divulgação de outro e-mail, também de 2011, em que Ferguson se referia a Epstein como seu “amigo supremo”.
Paralelamente, o caso reacendeu o debate sobre o príncipe Andrew, irmão do rei Charles III, que foi associado a Epstein e acusado de envolvimento sexual com Virginia Giuffre, uma das vítimas do empresário. Na última semana, Andrew anunciou oficialmente que renunciará a todos os títulos reais.
Em comunicado divulgado em 17 de outubro, o príncipe afirmou que tomou a decisão em consenso com o rei e outros familiares. “As acusações constantes contra mim distraem o trabalho de Sua Majestade e da família real. Decidi, como sempre, priorizar meu dever para com a minha família e meu país”, declarou.
Andrew voltou a negar as acusações. O processo movido por Giuffre, que alegava ter sido forçada a manter relações com o príncipe aos 16 anos, não chegou a julgamento, pois as partes firmaram um acordo extrajudicial em 2021, com pagamento de uma indenização milionária.