Drones suspeitos levaram Dinamarca a fechar o espaço aéreo até a cúpula europeia em Copenhague. Suécia e França apontam Moscou como ameaça e reforçam apoio militar, enquanto autoridades alertam para riscos de segurança e possíveis punições severas a infrações
O primeiro-ministro da Suécia acusou nesta segunda-feira (29) a Rússia de estar por trás dos drones que invadiram o espaço aéreo da Dinamarca nos últimos dias, às vésperas de uma cúpula europeia em Copenhague. A Suécia e a França anunciaram apoio militar diante da ameaça.
“A probabilidade de a Rússia querer mandar uma mensagem a um país que apoia a Ucrânia é bastante elevada, mas ninguém sabe com certeza”, disse Ulf Kristersson, lembrando que os drones que sobrevoaram a Polônia no início de setembro foram confirmados como russos.
Na última semana, os equipamentos foram detectados também na Noruega e levaram ao fechamento temporário de aeroportos e até da maior base militar dinamarquesa, Karup.
“Tudo aponta para a Rússia, mas os países sempre têm cautela antes de acusar sem provas definitivas. No caso da Polônia, sabemos que foi confirmado”, acrescentou Kristersson.
Diante do risco, as autoridades da Dinamarca decidiram fechar o espaço aéreo até sexta-feira (3), período em que ocorre a reunião de líderes europeus. Infrações às regras especiais poderão resultar em multa ou até dois anos de prisão.
“Há um país que representa uma ameaça à segurança da Europa: a Rússia”, afirmou a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.
A França confirmou o envio de apoio militar para a Dinamarca, incluindo 35 militares, um helicóptero Fennec e equipamentos de combate antidrone, segundo comunicado do Ministério da Defesa.