Caso aconteceu em Ponta Grossa (PR). Causas são desconhecidas pelos órgãos ambientais. Secretaria Municipal de Meio Ambiente e IAT afirmam que vão fazer análises no local. Água de enchente seca deixando dezenas de peixes mortos à vista
Dezenas de peixes e árvores estão sendo encontrados mortos no distrito rural de Uvaia, em Ponta Grossa, Campos Gerais do Paraná.
O local sofreu com alagamentos provocados pela cheia do Rio Tibagi no início de novembro. A cerca de um quilômetro de onde os peixes estão sendo localizados mortos, um cemitério com 324 túmulos chegou a ficar submerso por pelo menos 10 dias. Relembre abaixo.
Imagens feitas por moradores da região no domingo (19) mostram os animais tanto em áreas secas, quanto em áreas alagadas. Nesta terça (21), a reportagem da RPC esteve no local e fez mais imagens. Uma delas mostra um peixe preso nos galhos de uma árvore, cerca de um metro acima da água. Veja vídeo acima.
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Água de enchente seca deixando dezenas de peixes mortos à vista
Imagem cedida/Márcio Stremel
Márcio Stremel possui uma propriedade em Uvaia há 40 anos e afirma que nunca viu nada parecido, tanto em relação aos peixes, quanto em relação às árvores.
O morador do distrito rural também relata que percebeu que, após o fim do alagamento, substâncias com textura de óleo se prenderam em alguns pontos do solo.
As causas são desconhecidas pelos órgãos ambientais.
A prefeitura de Ponta Grossa afirma que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente tem ciência da situação e “está tomando providências cabíveis, incluindo o procedimento de análise dos animais mortos e da flora, a fim de esclarecer as causas”.
O Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado do Governo do Paraná, disse que vai enviar um técnico ao local para fazer análises.
Árvores também secaram após enchentes
Reprodução/RPC
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Riscos de contaminação e análises
Alagamento em cemitério do Paraná chega ao sexto dia com mais túmulos submersos
O cemitério de Uvaia, que não possui licença ambiental e é irregular, segundo o IAT, ficou alagado pelo menos de 1º a 10 de novembro. Segundo o químico Sandro Xavier de Campos, que possui doutorado na área de saneamento, o fato gera riscos de contaminação de poços, lençóis freáticos e do solo.
Os perigos são relacionados aos materiais utilizados na estrutura dos caixões, que incluem metais pesados, e à decomposição dos cadáveres, geram um líquido chamado de necrochorume – que possui bactérias, vírus e fungos diversos, explica.
Um dia depois da reportagem do g1 destacar esses riscos, uma equipe da Vigilância Sanitária de Ponta Grossa esteve no distrito rural coletando amostras da água encanada de residências para análise de qualidade.
A coleta foi feita no dia 9 de novembro e o resultado foi revelado nesta terça (21).
“Os resultados foram satisfatórios referentes ao padrão de potabilidade estabelecido pela Portaria 888/2021. Sendo assim, a água captada pelo poço artesiano da Sanepar e distribuída aos moradores da região está em boas condições de consumo”, garante a prefeitura municipal.
Um dia antes da coleta da prefeitura, a Sanepar havia informado que o abastecimento no distrito de Uvaia é feito por meio de captação subterrânea e não sofre influência do alagamento do Rio Tibagi.
“A captação de água ocorre no nível do Aquífero Itararé, a 114 metros de profundidade, bem abaixo do lençol freático, portanto livre de interferências locais”, afirmou.
O químico Sandro Xavier de Campos, que possui doutorado na área de saneamento, destaca a importância de moradores não ingerirem água de poços artesianos da região sem uma análise técnica prévia.
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Água de enchente seca deixando dezenas de peixes mortos à vista
Imagem cedida/Márcio Stremel
Márcio Stremel possui uma propriedade em Uvaia há 40 anos e afirma que nunca viu nada parecido, tanto em relação aos peixes, quanto em relação às árvores.
O morador do distrito rural também relata que percebeu que, após o fim do alagamento, substâncias com textura de óleo se prenderam em alguns pontos do solo.
As causas são desconhecidas pelos órgãos ambientais.
A prefeitura de Ponta Grossa afirma que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente tem ciência da situação e “está tomando providências cabíveis, incluindo o procedimento de análise dos animais mortos e da flora, a fim de esclarecer as causas”.
O Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado do Governo do Paraná, disse que vai enviar um técnico ao local para fazer análises.
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Os perigos são relacionados aos materiais utilizados na estrutura dos caixões, que incluem metais pesados, e à decomposição dos cadáveres, geram um líquido chamado de necrochorume – que possui bactérias, vírus e fungos diversos, explica.
Um dia depois da reportagem do g1 destacar esses riscos, uma equipe da Vigilância Sanitária de Ponta Grossa esteve no distrito rural coletando amostras da água encanada de residências para análise de qualidade.
A coleta foi feita no dia 9 de novembro e o resultado foi revelado nesta terça (21).
“Os resultados foram satisfatórios referentes ao padrão de potabilidade estabelecido pela Portaria 888/2021. Sendo assim, a água captada pelo poço artesiano da Sanepar e distribuída aos moradores da região está em boas condições de consumo”, garante a prefeitura municipal.
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