O pré-candidato à Prefeitura Beto Figueiró – (Foto: Iury de Oliveira)
O jornal A Crítica continua com a rodada de entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura de Campo Grande, para ajudar o eleitor a conhecer melhor os nomes à disposição das siglas nas eleições de 2024.
O pré-candidato do partido Novo à Prefeitura de Campo Grande, Beto Figueiró, destacou a necessidade de uma transformação radical na política municipal. Figueiró, que se define como um “homem simples, nascido na 14 de Julho com a Cândido Mariano, no centro de Campo Grande”, afirmou que a educação é a causa central de sua mobilização política e criticou duramente a gestão pública atual e passada.
Figueiró é pré-candidato do Novo
“Faço parte de um grupo do partido Novo que saiu da indignação para a ação. Não concordamos com o que a classe política profissional tem feito na nossa cidade há muito tempo, desde a época do senador Lúdio Coelho, que foi prefeito. Não há altruísmo na política, e quando falo de altruísmo, refiro-me ao desejo genuíno de colaborar, de fazer da política um instrumento para o bem comum, com um olhar verdadeiramente amoroso para o próximo”, declarou Figueiró.
Segundo o pré-candidato, o mau serviço prestado na política tem prejudicado os mais vulneráveis, especialmente as crianças. “Hoje, vemos jovens de 18 anos entrando no mercado de trabalho totalmente despreparados, condenados a subempregos e subaposentadorias. Estamos testemunhando uma tragédia humana, com gerações sendo condenadas ao fracasso”, afirmou. Ele destacou que a educação brasileira, e consequentemente a de Campo Grande, tem piorado ano após ano, e enfatizou a necessidade de investir mais nas crianças para que possam usufruir dos resultados da riqueza do agro e da mineração.
“Estamos testemunhando uma tragédia humana, com gerações sendo condenadas ao fracasso”, afirmou
Figueiró criticou a atual prefeita, Adriana Lopes, e os prefeitos anteriores por não terem projetos de Estado e focarem na perpetuação no poder. “A prefeita Adriana herdou essa irresponsabilidade de gestão pública do Marquinhos Trad, e não fez nenhuma ruptura, talvez por falta de recursos ou de gestão. O fato é que temos uma cidade engessada, onde a folha de pagamento está exagerada, não sobra dinheiro para custeio e muito menos para investimentos”, disse ele.
Para o pré-candidato, a solução é simples: “austeridade e seriedade com a coisa pública”. Ele defende a demissão imediata de comissionados e a valorização dos funcionários públicos de carreira. “Precisamos enfrentar a origem desse problema para avançar com a cidade. O número de comissionados é insustentável e fere a Lei de Responsabilidade Fiscal”, pontuou Figueiró.
Para o pré-candidato, a solução é simples: “austeridade e seriedade com a coisa pública”
Figueiró também destacou a proposta disruptiva do partido Novo, diferenciando-se das outras pré-candidaturas. “Somos o único grupo que quer entrar na política para fazer bem feito, como se fosse uma empresa, assim como tratamos nossos interesses pessoais. Nas outras pré-candidaturas, não encontramos ninguém que não esteja vivendo do serviço público há várias gerações. Esses grupos formam feudos políticos familiares e não largam o poder, e não concordamos com isso”, disse.
O pré-candidato relembrou a campanha de 2022, quando o Partido Novo convidou o Capitão Contar para ser o cabeça de chapa. “Foi o único caso em que o vice chamou o cabeça de chapa para o projeto. Um grupo de bravos da direita, que não queria ver de jeito nenhum o PT de volta à Presidência da República, se uniu com o propósito de não permitir o retorno da esquerda. Queríamos dar apoio incondicional a Jair Messias Bolsonaro e, por isso, começamos essa caminhada tímida, incipiente, que a cada passo ia crescendo e tomando forma”, explicou.
Figueiró criticou a união do PL com o PSDB e o PT, afirmando que não entende essa manobra política. “Estamos vendo uma aberração política com o PT se unindo ao PSDB. Tenho certeza de que quem é de direita, quem conhece o chão de Campo Grande, não será levado por essas engenharias da velha política”, afirmou.
Concluindo, Beto Figueiró reforçou seu compromisso com a transformação política em Campo Grande. “Não podemos mais permitir que a classe política continue a roubar o futuro dos nossos jovens. É por isso que estamos aqui novamente, enfrentando essa situação e convidando vocês a sonharem conosco”, finalizou. Confira a entrevista no player abaixo: