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Dólar cai e Bolsa sobe com tensões comerciais entre EUA e China em foco

Redação by Redação
outubro 13, 2025
in ECONOMIA
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No começo da tarde desta segunda-feira (13), a moeda norte-americana recuava 1,01%, cotada a R$ 5,448; a Bolsa avançava 1,11%, a 142.243, pontos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar está em forte queda nesta segunda-feira (13), com investidores atentos às negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Depois de anunciar tarifas de 100% sobre produtos chineses na sexta-feira, o presidente Donald Trump moderou o discurso no final de semana, aliviando a tensão nos mercados globais.

Às 14h08, a moeda norte-americana recuava 1,01%, cotada a R$ 5,448. O movimento é também de correção, tendo em vista que a divisa disparou mais de 2% na sexta-feira.

Já a Bolsa avançava 1,11%, a 142.243, pontos, endossada pelo otimismo das demais praças acionárias do exterior.

A sexta-feira foi como um déjà vu para os investidores. No mais novo capítulo de sua cruzada comercial, Trump anunciou que vai impor tarifas adicionais de 100% sobre produtos da China a partir do dia 1º de novembro.

A medida, segundo o presidente americano, é em resposta à “posição extraordinariamente agressiva” dos chineses de “impor controles de exportação para todos os tipos de produtos”.

Na semana passada, o governo de Xi Jinping anunciou a adoção de controles de exportação que deve causar rupturas no fornecimento global de terras raras, produtos essenciais para uma série de indústrias, da automobilística à de defesa. Pelas novas regras, empresas estrangeiras precisarão obter autorização de Pequim para exportar ímãs críticos e outros produtos que contenham até pequenas quantidades de terras raras extraídas da China.

“Ninguém jamais viu algo assim, mas, essencialmente, isso ‘paralisaria’ os mercados e tornaria a vida difícil para praticamente todos os países do mundo, especialmente para a China”, disse Trump em sua publicação na rede Truth Social. Ele também ameaçou cancelar uma reunião com Xi Jinping marcada para o final deste mês.

Já o Ministério do Comércio chinês disse, no domingo, que o país não quer embarcar em uma guerra comercial, mas não tem medo de aplicar “medidas firmes e correspondentes” caso os EUA não voltem atrás nas sobretaxas adicionais de 100%.

“A China exorta os EUA a corrigirem imediatamente suas ações equivocadas e, sob a orientação do consenso alcançado nas conversas entre os dois chefes de Estado, a preservarem os frutos das negociações arduamente conquistados”, disse o porta-voz da pasta em entrevista coletiva.

O cenário reacende o risco de uma guerra comercial em grande escala, semelhante à do início do ano, quando Trump impôs tarifas de 145% sobre produtos chineses e Xi respondeu com 125% sobre mercadorias americanas. Depois de meses de cabo de guerra, as sobretaxas em vigor atualmente são de 30% sobre a China e de 10% sobre os EUA.

Os temores de uma nova escalada de tensões geraram impacto no mercado financeiro na sexta-feira, com Bolsas em queda ao redor do mundo e dólar em alta no Brasil, também afetado pela pauta fiscal do país.

No final de semana, porém, Trump adotou um tom mais conciliador, dizendo que quer “ajudar a China, não prejudicá-la”.

“Não se preocupem com a China, tudo ficará bem! O respeitado presidente Xi acabou de passar por um momento difícil. Ele não quer uma depressão para seu país, e eu também não”, declarou o mandatário americano em sua plataforma Truth Social.

Nesta segunda, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, endossou a moderação no tom ao afirmar que houve comunicações substanciais entre norte-americanos e chineses no fim de semana.

“Houve uma desescalada significativa da situação”, disse Bessent em entrevista à Fox Business Network. “O presidente Trump disse que as tarifas não entrarão em vigor até 1º de novembro. Ele se reunirá com o presidente do Partido, Xi, na Coreia. Acredito que essa reunião ainda será realizada.”

Os investidores, na análise de Matthew Ryan, chefe de estratégia de mercado da Ebury, estão “discretamente confiantes de que este é mais um caso em que o latido de Trump é pior do que a mordida”.

A pauta tarifária deve continuar sendo o principal assunto da semana no mercado financeiro, diz Ryan, considerando que a paralisação do governo federal dos EUA continua sem fim à vista.

A leitura predominante até o momento é que “shutdown” tem o potencial de impactar o ciclo de cortes de juros nos EUA. Com a paralisação, a divulgação de novos dados oficiais está suspensa. O relatório de emprego “payroll”, por exemplo, estava previsto para o fim de setembro e ainda não foi publicado.

O mesmo deve acontecer com os dados de inflação do CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês), esperados para quarta-feira (15).

O Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) decidiu cortar os juros em 0,25 ponto percentual na reunião passada, no que foi a primeira redução de 2025. A continuidade do ciclo de afrouxamento, porém, depende da temperatura da economia norte-americana. Conforme a próxima reunião de política monetária se aproxima, marcada para os próximos dias 28 e 29, as autoridades do Fed seguem no escuro, sem acesso às estatísticas essenciais para tomar uma decisão.

O cenário fiscal do Brasil também segue em pauta. Na sexta, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou um novo modelo de crédito imobiliário que pode turbinar a popularidade do presidente a um ano das eleições, além de injetar estímulos na economia, o que pode forçar a a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em um patamar elevado por mais tempo.

“Existe uma preocupação de que 2026 seja marcado por uma ampliação dos gastos públicos por conta da eleição presidencial de outubro. Por isso, há receios em relação à sustentabilidade da dívida pública brasileira”, diz Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.

O novo modelo de crédito segue a esteira da derrubada da MP (medida provisória) dos Impostos no Congresso Nacional, na quarta-feira passada, medida que o governo considerava importante para sustentar a arrecadação e reduzir despesas obrigatórias em ano eleitoral.

Ao retirar do horizonte uma fonte de arrecadação para os próximos anos, o Congresso torna mais desafiadora a tarefa de cumprir as metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal. A ala econômica do governo já afirmou estar estudando outras vias possíveis.

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