Missão brasileira discute nova resolução para Conselho de Segurança; ponto de partida será texto rejeitado semana passada. Ideia é contemplar americanos e russos para evitar vetos. O Itamaraty comemorou a aprovação na Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira (27) de uma trégua humanitária imediata entre Israel e o grupo Hamas, exigindo acesso de ajuda à Faixa de Gaza e proteção de civis.
A resolução teve 120 votos a favor, 45 abstenções e 14 votos contrários, incluindo Israel e os Estados Unidos. O texto aprovado não tem caráter vinculante, ou seja não funciona como uma ordem obrigatória a ser seguida, mas é carregado de forte poder simbólico.
Com 120 votos a favor, Assembleia-Geral da ONU aprova resolução que defende pausa humanitária na guerra em Gaza.
Mike Segar/Reuters
Diplomatas ouvidos pela GloboNews reforçam a tese de que o resultado da votação dá um claro recado para o Conselho de Segurança de que não é mais possível seguir em um impasse.
Nova resolução no Conselho
O Brasil segue em consultas para produzir uma nova resolução a ser votada no Conselho de Segurança na semana que vem.
Esta será a quinta tentativa de o órgão das Nações Unidas aprovar um texto diante da crise humanitária que a Faixa de Gaza vive devido ao confronto entre Israel e o grupo Hamas. A ideia de um novo texto por parte do Brasil nasceu durante a semana, diante da derrubada das resoluções de Estados Unidos e Rússia.
A missão brasileira acredita que o grupo de países não permanentes está coeso em torno do novo texto elaborado e busca, agora, uma costura que contemple preocupações tanto de americanos quanto de russos . O objetivo é evitar um novo veto de um ou do outro país.
A avaliação é de que o texto brasileiro vetado na semana passada chegou perto deste objetivo e já é usado como um ponto de partida para a nova resolução.
“Nós nem precisaríamos ter chegado a isso se o primeiro texto do Brasil não tivesse sido vetado pelos Estados Unidos”, disse um dos diplomatas envolvidos nas negociações.
Por outro lado, há ainda a preocupação com um novo veto dos Estados Unidos, já que o país se posicionou contra a resolução da Assembleia Geral. O voto contrário ocorreu mesmo com o texto contemplando preocupações dos norte-americanos e de Israel.
O chanceler Mauro Vieira conversou nesta sexta-feira com chanceleres de países árabes e europeus, além de ter feito um novo contato com a presidente da Cruz Vermelha Internacional, que reforçou o apelo ao Brasil para insistir em uma solução em busca da saída de quem sofre com os conflitos na Faixa de Gaza.
Críticas ao poder de veto
O Brasil tem feito críticas ao funcionamento do Conselho de Segurança da ONU, que preside temporariamente.
No último dia 21, em discurso no Egito, Mauro Vieira lamentou a “paralisia” do grupo em relação à situação na Faixa de Gaza.
“A paralisia do Conselho de Segurança está tendo consequência prejudiciais à segurança e às vidas de milhões. Isso não está no interesse da comunidade internacional”, afirmou o chanceler.
Já nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou em encontro com jornalistas o poder de veto de alguns dos países que integram o grupo e defendeu o fim do recurso. (veja o vídeo)
Lula defende fim do poder de veto no Conselho de Segurança da ONU
A resolução teve 120 votos a favor, 45 abstenções e 14 votos contrários, incluindo Israel e os Estados Unidos. O texto aprovado não tem caráter vinculante, ou seja não funciona como uma ordem obrigatória a ser seguida, mas é carregado de forte poder simbólico.
Com 120 votos a favor, Assembleia-Geral da ONU aprova resolução que defende pausa humanitária na guerra em Gaza.
Mike Segar/Reuters
Diplomatas ouvidos pela GloboNews reforçam a tese de que o resultado da votação dá um claro recado para o Conselho de Segurança de que não é mais possível seguir em um impasse.
Nova resolução no Conselho
O Brasil segue em consultas para produzir uma nova resolução a ser votada no Conselho de Segurança na semana que vem.
Esta será a quinta tentativa de o órgão das Nações Unidas aprovar um texto diante da crise humanitária que a Faixa de Gaza vive devido ao confronto entre Israel e o grupo Hamas. A ideia de um novo texto por parte do Brasil nasceu durante a semana, diante da derrubada das resoluções de Estados Unidos e Rússia.
A missão brasileira acredita que o grupo de países não permanentes está coeso em torno do novo texto elaborado e busca, agora, uma costura que contemple preocupações tanto de americanos quanto de russos . O objetivo é evitar um novo veto de um ou do outro país.
A avaliação é de que o texto brasileiro vetado na semana passada chegou perto deste objetivo e já é usado como um ponto de partida para a nova resolução.
“Nós nem precisaríamos ter chegado a isso se o primeiro texto do Brasil não tivesse sido vetado pelos Estados Unidos”, disse um dos diplomatas envolvidos nas negociações.
Por outro lado, há ainda a preocupação com um novo veto dos Estados Unidos, já que o país se posicionou contra a resolução da Assembleia Geral. O voto contrário ocorreu mesmo com o texto contemplando preocupações dos norte-americanos e de Israel.
O chanceler Mauro Vieira conversou nesta sexta-feira com chanceleres de países árabes e europeus, além de ter feito um novo contato com a presidente da Cruz Vermelha Internacional, que reforçou o apelo ao Brasil para insistir em uma solução em busca da saída de quem sofre com os conflitos na Faixa de Gaza.
Críticas ao poder de veto
O Brasil tem feito críticas ao funcionamento do Conselho de Segurança da ONU, que preside temporariamente.
No último dia 21, em discurso no Egito, Mauro Vieira lamentou a “paralisia” do grupo em relação à situação na Faixa de Gaza.
“A paralisia do Conselho de Segurança está tendo consequência prejudiciais à segurança e às vidas de milhões. Isso não está no interesse da comunidade internacional”, afirmou o chanceler.
Já nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou em encontro com jornalistas o poder de veto de alguns dos países que integram o grupo e defendeu o fim do recurso. (veja o vídeo)
Lula defende fim do poder de veto no Conselho de Segurança da ONU