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Uma
avaliação internacional feita a cada três anos, em 81 países, analisa o
desempenho de estudantes de 15 anos em três áreas: matemática, ciências e
leitura. A edição de 2022, divulgada no fim de 2023, mostrou resultados do
efeito que a pandemia teve sobre os estudantes em todo o mundo.
Segundo
o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), 73% dos alunos
brasileiros não alcançaram o patamar mínimo de aprendizagem em matemática, 50%
não atingiram o mínimo em leitura e 55% em ciências. Uma régua desleal, segundo
a doutora em educação e professora da Faculdade de Educação da Universidade de
Brasília (UnB), Catarina de Almeida Santos. “Quando falamos de Brasil, estamos
usando a mesma régua para medir realidades muito diferentes e isso, por si só,
já é um grande complicador.”
A evasão escolar, um problema driblado por
Goiás
Muitas
são as causas que podem levar um estudante a abandonar a escola, mas a pandemia
de Covid-19 agravou o quadro e segundo uma pesquisa feita pelo Unicef, cerca de
2 milhões de crianças e adolescentes entre 11 e 19 anos estão fora da
escola no Brasil.
Um dos
estados que conseguiu driblar esses números e reduzir a evasão escolar foi
Goiás, que entre 2018 e 2022 fez com que esse número caísse 54%. Segundo o
governador, Ronaldo Caiado, o investimento em escolas de tempo integral, entre
outras melhorias, foram os responsáveis pelo avanço nos números.
“Isso
motivado por tudo aquilo que nós fornecemos, como uniformes, laboratórios de
química, física e biologia, além de multiplicar por cinco o número de colégios
em tempo integral no estado; hoje já são 256.”
Outro
investimento que mudou a cara da educação de Goiás foi a aposta em tecnologia e
em inovação.
“Fazendo
com que todos os nossos alunos do nono ao terceiro ano do ensino médio tivessem
a oportunidade de ter o Chromebook da Google, tivessem acesso ao laboratório de
informática. Retirando a criança do analfabetismo digital, que nem todos os
colégios públicos tinham, a oportunidade oferecer isso ao nosso jovem”,
acrescenta o governador que tem por objetivo este ano, ficar em primeiro lugar
na avaliação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Os
vários caminhos para se combater a evasão
Para a
especialista em educação, tanto a evasão escolar quanto a retenção, são
multifatoriais e precisam levar em consideração muitos aspectos.
“Fazer
com que os estudantes permaneçam na escola significa a gente fazer escolas que
possam ser, de fato, chamadas de escolas. Além disso, garantir condições extra-escolares
que façam com que eles possam permanecer na escola, construir uma escola que
seja interessante, ter professores e professoras em condições e comprometidos
com essa escola.”
“São muitos os
caminhos para combater a evasão escolar e não é um caminho único para todas
as localidades”. enfatiza a especialista.
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